Perfil nutricional de escolares em nove municípios de um estado do nordeste brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9548

Palavras-chave:

Obesidade; Estado nutricional; Escolares; Crianças; Adolescentes.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar o perfil antropométrico de escolares entre 3 e 15 anos de idade em Escolas do Serviço Social do Comércio (SESC) em 09 municípios do estado do Piauí e descrever o perfil do estado nutricional dos mesmos segundo idade e sexo. Trata-se de uma pesquisa de caráter transversal, descritivo e de censo, realizada no segundo semestre do ano de 2019. A amostra foi composta por um total de 1261 escolares de ambos os sexos, sendo 52,1% do sexo masculino e 47,95% do sexo feminino. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense. Do total, 18,20% apresentavam menos que 5 anos e 81,80% apresentavam idade entre 5 e 15 anos. Observou-se que as crianças com até 5 anos de idade 3,93% apresentaram obesidade, 17,47% apresentaram sobrepeso, 3,93% apresentaram magreza e 4,37% apresentaram magreza acentuada. Quanto aos escolares com idade acima de 5 anos, houve prevalência de 3,88% para casos de obesidade grave, 10,95% para casos de obesidade, e 15,50% para casos de sobrepeso, os casos de magreza corresponderam a 3,00%, e 2,81% para casos de magreza acentuada. Concluiu-se que as taxas de sobrepeso e obesidade apresentaram-se elevadas, bem como a presença de desnutrição, indicando a necessidade de intervenções específicas que visem a recuperação e a manutenção do adequado estado nutricional a fim de que futuras doenças crônicas sejam prevenidas e a saúde das crianças e adolescentes preservada.

Referências

de Almeida, L. M., Campos, K. F. C., Randow, R., & de Almeida Guerra, V. (2017). Estratégias e desafios da gestão da atenção primária à saúde no controle e prevenção da obesidade. Revista Eletrônica Gestão e Saúde, 8(1), 114-139.

Balestrin, M., Kirsten, V. R., Paini, D., & Dalmolin, R. F. (2015). Estado Nutricional E Programa Bolsa Família Em Crianças E Adolescentes No Município De Caiçara, Rs Nutritional Status And Bolsa Familia Program In Children And Adolescents From Caiçara, RS.

Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica.

Bertoncelo, E. (2019). Social Classes And Food: Patterns Of Food Consumption In Brazil Today. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 34(100).

Campello, T., Gentili, P., Rodrigues, M., & Hoewell, G. R. (2018). Faces da desigualdade no Brasil: um olhar sobre os que ficam para trás. Saúde em Debate, 42, 54-66.

do Carmo, A. S., de Almeida, L. M., de Oliveira, D. R., & dos Santos, L. C. (2016). Influence of the Bolsa Família program on nutritional status and food frequency of schoolchildren. Jornal de Pediatria (Versão em Português), 92(4), 381-387.

Costa, M. J. M., Araújo, M. L. L. M., da Mota Araújo, M. A., & dos Reis Moreira-Arújo, R. S. (2015). Excesso de peso e obesidade em pré-escolares e a prática de atividade física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 23(3), 70-80.

Cruz, P., da Silva, M. R. F., & Pulga, V. L. (2019). A Educação Popular Em Saúde Na Atualidade: Os Caminhos E Os Desafios De Seu Grupo Temático Na Associação Brasileira De Saúde Coletiva (ABRASCO). Universidade Federal da Paraíba. Revista Temas em Educação, 28(1), 138.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. IBGE.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (1978). Estudo Nacional das Despesas Familiares-ENDEF: 1974-1975.

Jaime, P. C., Delmuè, D. C. C., Campello, T., Silva, D. O., & Santos, L. M. P. (2018). Um olhar sobre a agenda de alimentação e nutrição nos trinta anos do Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 23, 1829-1836.

Lira, M. C. D. S. L., Menezes, R. C. E. D., Longo-Silva, G., Oliveira, M. A. A., Oliveira, J. S., Costa, E. C., & Asakura, L. (2016). Estado nutricional de crianças segundo critérios do SISVAN em municípios do estado de Alagoas. Mundo saúde (Impr.), 68-76.

Lohman, T. G., Roche, A. F., & Martorell, R. (1988). Anthropometric standardization reference manual, 177, 3-8. Champaign: Human kinetics books.

Lopes, A. F., Frota, M. T. B. A., Leone, C., & Szarfarc, S. C. (2019). Perfil nutricional de crianças no estado do Maranhão. Revista Brasileira de Epidemiologia, 22, e190008.

Lourenço, A. E. P., Vieira, J. L., Rocha, C. M. M. D., & Lima, F. F. (2019). Influência da ambiência escolar no estado nutricional de pré-escolares de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 2399-2410.

de Onis, M., Onyango, A. W., Borghi, E., Siyam, A., Nishida, C., Siekmanna, J. (2007). Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bull World Health Organ, 85(9), 660-667.

Organización Mundial de la Salud (OMS). (2006). Curso de capacitación sobre la evaluación del crecimiento del niño: versión 1.

Pedraza, D. F., Silva, F. A., Melo, N. L. S. D., Araujo, E. M. N., & Sousa, C. P. D. C. (2017). Estado nutricional e hábitos alimentares de escolares de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Ciência & saúde coletiva, 22, 469-477.

Pereira, I. F. D. S., Andrade, L. D. M. B., Spyrides, M. H. C., & Lyra, C. D. O. (2017). Estado nutricional de menores de 5 anos de idade no Brasil: evidências da polarização epidemiológica nutricional. Ciência & Saúde Coletiva, 22, 3341-3352.

Rissi, G. P., Shibukawa, B. M. C., & de Freitas Góes, H. L. (2019). Crianças menores de 5 anos ainda morrem por desnutrição? Rev. enferm. UFPE on line, 1-7.

Silva, V. A., & Esperidião, F. (2017). Saneamento básico e seus impactos na mortalidade infantil e no desenvolvimento econômico da região Nordeste. Scientia Plena, 13(10).

Silver, L. (2016). A regulação de fatores de risco para doenças crônicas: experiências dos Estados Unidos ipt.

De Souza, N. P., De Lira, P. I. C., Fontbonne, A., de Lima Pinto, F. C., & Cesse, E. Â. P. (2017). A (des) nutrição e o novo padrão epidemiológico em um contexto de desenvolvimento e desigualdades. Ciência & Saúde Coletiva, 22(7), 2257-2266.

Tomé, L. (2017). Infraestrutura de saneamento na Região Nordeste: situação atual e perspectivas. Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste-ETENE, 2(10).

World Health Organization. (2006). WHO child growth standards: length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age: methods and development. World Health Organization.

World Health Organization (2009). WHO AnthroPlus for personal computers Manual: Software for assessing growth of the world’s children and adolescents. World Health Organization.

Unit, N., & World Health Organization. (1996). Indicators for assessing vitamin A deficiency and their application in monitoring and evaluating intervention programmes (No. WHO/NUT/96.10). World Health Organization.

Downloads

Publicado

05/11/2020

Como Citar

FRANÇA, R. G. de O.; GOMES, R. V. de S.; COSTA, A. L. dos S.; SILVA, L. R. L. da; GOMES, A. L. M.; ALMEIDA, L. G. de; ARAUJO, C. G. B. de; SILVA, T. M. da. Perfil nutricional de escolares em nove municípios de um estado do nordeste brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e829119548, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9548. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9548. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde