Avaliando efeitos do pareamento entre estímulos via software para promover atenção a vozes em crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9552Palavras-chave:
Transtornos do Espectro do Autismo; ABLA-R; Discriminação auditiva; Atenção a vozes.Resumo
Crianças com o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) comumente desempenham com menos precisão as atividades que envolvem discriminações auditivas. As habilidades que precedem esse repertório podem ser avaliadas com alguns testes, entre eles se destaca o ABLA-R. O objetivo do presente estudo foi explorar a eficácia de um aplicativo desenvolvido para o estudo no aumento da exposição a vozes através de pareamentos estímulo-estímulo com três crianças que mostraram baixa exposição a vozes. A porcentagem de exposição foi calculada a partir do tempo que cada criança permanecia escutando o áudio de vozes dividido pelo total de áudios apresentados na sessão. O procedimento era composto por sondas de verificação a exposição a vozes após ciclos de pareamento voz-reforço. Os resultados mostraram efeitos moderados e temporários, sugerindo que o procedimento de pareamento estímulo-estímulo isolado não é suficiente para o aumento na exposição a vozes em crianças com níveis ABLA-R menores ao Nível 4. É apontada a necessidade de inclusão de outros procedimentos em conjunto com o condicionamento de vozes.
Referências
DeWiele, L., Martin, G., Martin, T. Yu, C. T., & Thomson, K., (2011). The Kerr-Meyerson assessment of basic learning abilities-revised: A self-instructional manual (2nd ed.). Winnipeg, Manitoba, Canada: St. Amant Reseach Centre.
Greer, R. D., & Ross, D. (2008). Verbal Behavior analysis: inducing and expanding new capabilities in children with language delays. Ed. Pearson Education.
Greer, R. D., Pistoljevic, N., Cahill, C., & Du, L. (2011). Effects of conditioning voices as reinforcers for listener responses on rate of learning, awareness, and preferences for listening to stories in preschoolers with autism. The Analysis of Verbal Behavior, 27, 103-124. doi: 10.1007/BF03393095
Greer, R. D., Singer-Dudek, J., Longano, J., & Zrinzo, M. (2008). The emergence of praise as conditioned reinforcement as a function of observation in preschool and school age children. Revista Mexicana de Psicología, 25(1), 5–26.
Longano, J. M., & Greer, D. R. (2006). The effects of a stimulus-stimulus paring procedure on the acquisition of conditioned reinforcement on observing and manipulating stimuli by Young children with autism. Journal of Early Intensive Behavior Intervention, 3, 1, 62-80. doi 10.1037/h0100323
Maffei, J., Singer-Dudek, J., & Dolleen- Day, K. (2014). The effect of the establishment of adult faces and/or voices as conditioned reinforcers for children with ASD and related disorders. Acta de Investigación Psicologica, 4, 3, 1621-1641. doi 10.1016/S2007-4719(14)70970-6
Monteiro, P. C. M. (2015). Estudos sobre discriminações envolvendo estímulos auditivos vocais em crianças diagnosticadas com TEA (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil.
Muniz, J. L. M. (2015). Efeitos de pareamentos estímulo-estimulo sobre a preferência por vozes e faces em crianças diagnosticadas com autismo (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil.
Rosales-Ruiz, J., & Baer, D. B. (1997). Behavioral cusps: a developmental and pragmatic concept for behavioral analysis. Journal of Applied Behavior Analysis, 30, 533-544. doi 10.1901/jaba.1997.30-533
Seniuk, A., Greenwald, H., & Williams, W. L. (2012). Effects of discrimination abilities on funcional analysis outcomes. Journal of Early Intensive Behavior Intervention, 18, 3, 45-59.
Singer-Dudek, J., Oblak, M. & Greer, R. D. Establishing books as condicioned reinforcers for preeschool children a function of na observational intervention. Journal of Applied Behavior Analysis, 44(3), 421-434. doi: 10.1901/jaba.2011.44-421.
Sloan, J. L., Martin, T. L., Martin, G. L., Yu, D. C. T., Kulsoom, S., & Murphy, C. (2014). The relative difficulty of ABA Level 2 and two-position discriminations for persons with intelectual disabilities: A pilot study. Journal on Developmental Disabilities, 20, 1, 102- 115.
Sundberg, M. L. (2008). The verbal behavior milestones assessment and placement program: The VB-MAPP. Concord, CA: AVB Press.
Tsai, H. H. & Greer, R. D. (2006). Conditioned preference for books and faster acquisition of textual responses by preschool children. Journal of Early and Intensive Behavioral Interventions, 3(1), 35-60.
Varella, A., & Souza, D. G. (2015). Emergence of auditory- visual relations from a visual-visual baseline with auditory-specific consequences in individuals with autism. Journal of the Experimental Analysis Behavior, 102, 139-149. doi 10.1002/jeab.93.
Varella, A., Souza, D. G., & Williams, L. (2017). O teste ABLA e suas implicações para o ensino de pessoas com autismo e distúrbios do desenvolvimento. Acta Comportamentalia, 25, 1, 41-56.
Verbeke, Aynsley & Martin, Garry & Yu, C & Martin, Toby. (2007). Does ABLA test performance on the ABLA test predict picture receptive name recognition with persons with severe developmental disabilities. The Analysis of Verbal Behavior. 23. 35-9. doi 10.1007/BF03393045
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Patricia Caroline Madeira Monteiro; Romariz da Silva Barros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.