Manutenção da venopunção periférica em crianças: perspectivas de profissionais de enfermagem e acompanhantes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9600Palavras-chave:
Cateterismo Periférico; Equipe de Enfermagem; Família; Psicologia social.Resumo
A tríade profissional/criança/acompanhante vivencia, experimenta e compartilha situações cotidianas sobre informações e práticas de cuidados a respeito da manutenção da venopunção periférica compõem um grupo socialmente constituído capaz de representar o procedimento como um objeto socialmente compartilhado que precisam ser compreendidos para uma terapêutica adequada. O objetivo geral foi descrever comparativamente as representações sociais elaboradas por profissionais de enfermagem e por acompanhantes de crianças internadas sobre a manutenção da venopunção periférica infantil e como específico triangular as abordagens estrutural e processual das representações sociais. Pesquisa qualitativa delineada na Teoria das Representações Sociais. Coletado dados sociodemográficos, aplicado técnica da evocação livre de palavras não hierarquizada e entrevistas individuais em profundidade, gravadas, a partir de questões norteadoras. Realizou-se análise de dados segundo a estrutura e conteúdo representacional. Foram atendidos todos aspectos ético-legais de pesquisa envolvendo seres humanos (Parecer nº2.543.592). Participaram 22 profissionais de enfermagem e 118 acompanhantes. As representações para os profissionais sobre manter a venopunção numa criança envolveram comportamentos tecnicistas (conhecimento reificado) e, para os acompanhantes, sentimento de tristeza e valoração de sua necessidade (significados). Evidenciou-se a necessidade de reflexões a respeito da perspectiva de ambos sobre a manutenção da venopunção em crianças internadas numa perspectiva menos tecnicista e que considere os sentimentos e comportamentos da díade familiar-criança.
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