Cartografia de uma professora em tempos difíceis: atos de resistência e criação na escola
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9619Palavras-chave:
Educação; Resistência; Criação; Experimentação.Resumo
O objetivo deste artigo é pensar como surgem os modos de resistência junto a realidade de uma escola pública. O método de investigação cartográfico produziu o material de escrita no acompanhamento das intervenções realizadas e no acaso dos encontros. Cartografia aqui, pensada enquanto atitude de experimentação ao pesquisar o território em constante movimento, se pôs em movimento também, mapeando atentamente as forças existentes em cada encontro. Perguntou-se: quais relações de força circulam e ajudam a compor este território? O que provoca atos de resistência? Como estes atos promovem uma produção de desejo e táticas criadoras? Os resultados apontam que, ao enfrentar as aparências e o funcionamento de um poder que tenta assujeitar, potencializam-se práticas de si e apropriação do real pela resistência e criação, ainda que seja necessário travar microlutas diárias, abrindo espaços de respiros para um possível viver escolar em tempos difíceis. Uma escrita que não se conclui, mas que se abre rizomaticamente, lançando-se à atualização constante.
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