Educação Financeira na EJA: proposta de uma sequência didática à luz da Teoria da Aprendizagem Significativa Crítica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9803Palavras-chave:
Educação Financeira; Educação de Jovens e Adultos; Aprendizagem significativa crítica.Resumo
A Educação Financeira trabalhada no âmbito escolar busca tornar os estudantes aptos a ter criticidade ao analisar questões financeiras que surgem no seu dia a dia e/ou na sociedade em que vivem. Para tanto, torna-se necessário discutir um currículo de Educação Financeira e investir na elaboração de materiais didáticos específicos de cunho financeiro e sua implementação em sala de aula. Neste contexto, apresentamos uma sequencia didática elaborada para aplicação na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) com base nos princípios facilitadores da aprendizagem significativa crítica, descritos por Moreira com o propósito de desenvolver o pensamento financeiro e a criticidade dos educandos a respeito de situações sobre o tema Educação Financeira (EF). Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo bibliográfica/documental, situado no campo da Educação Matemática e fundamentado na Teoria da Aprendizagem Significativa Crítica. As atividades propostas contemplam os conceitos de razão, proporção, porcentagem, regra de três, juros simples e composto. Estruturalmente a sequencia articula seis estratégias distintas, a saber: questionário semiestruturado, diário de aula, livro didático, questões do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) complementadas a situações cotidianas e a técnica do mapeamento conceitual de Novak. Verificou-se que a articulação de diferentes materiais elaborados para a EJA aliada aos pressupostos teóricos da TASC pode constituir-se numa estratégia de ensino para desenvolver o pensamento financeiro e a criticidade e auxiliar os estudantes no estabelecimento de vínculos entre os conceitos estudados no ambiente formal de ensino à situações práticas do seu cotidiano.
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