Deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) em recém-nascidos, numa maternidade pública da cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9855

Palavras-chave:

Hematologia; Deficiência de glucosefosfato desidrogenase; Saúde das minorias étnicas.

Resumo

Nos eritrócitos deficientes de glicose 6 fosfato desidrogenase (G6PD), a diminuição da redução de NADP em NADPH, leva a um baixo potencial redutor que interfere na capacidade metabólica oxidativa do organismo, ficando vulnerável a hemólise, com oxidação da membrana do glóbulo, podendo levar a crise hemolíticas. As manifestações da deficiência de G6PD são desencadeadas por fatores ambientais como drogas, fava, infecções. As manifestações clínicas consistem de crise hemolítica e icterícia neonatal.  Estudos indicam que no Brasil a prevalência de G6PD está em torno de 1 a 10%, sendo os maiores índices em populações com ancestralidade africana. O objetivo foi a pesquisa da deficiência da G6PD em recém-nascidos numa maternidade pública na cidade de Campina Grande. Trata-se de um estudo transversal, onde foram coletados sangue do cordão umbilical de 147 recém-nascidos. O diagnóstico da deficiência da G6PD será realizado através do teste da redução da metahemoglobina (teste de Brewer). A cidade de Campina Grande, bem como todo o Compartimento da Borborema não apresentam nenhum dado relativo a prevalência da deficiência da G6PD. O Ministério da Saúde fortalece através do SUS a coleta de informações relativas a esta doença na perspectiva de implantação de um programa de atenção à saúde dos doentes detectados, promovendo melhoras na sua qualidade de vida.

Biografia do Autor

Evaldo Hipólito de Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (1990), graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal da Paraíba (1991), graduação em Direito pela Universidade Federal do Piauí (1999), Doutorado em Biologia de Agentes Infecciosos e Parasitários (2010), mestrado em Administração pela Universidade Federal da Paraíba (2002), especialização em Vigilância Sanitária e Epidemiológica (1997) e Citologia Clínica (2005). Foi Diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Piauí-LACEN-PI (2003 a 2007). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Piauí de microbiologia clínica e imunologia clínica (1994). Tem experiência na área de Farmácia (Interdisciplinaridade), atuando principalmente nos seguintes temas: análises clínicas ( bacteriologia, virologia, imunologia, citologia e hematologia ) e Vírus Linfotrópico de Células T Humanas-1/2-HTLV-1/2, HIV, HBV e HCV (Epidemiologa, Imunologia e Análise Molecular).

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Publicado

28/11/2020

Como Citar

SILVA, K. M. da C. e .; OLIVEIRA, E. H. de .; FERNANDES, S. S. .; LINS, S. P. .; NÓBREGA, R. de A. .; MOREIRA, V. M. .; NOGUEIRA JÚNIOR, F. A. .; NASCIMENTO, M. do S. V. do .; SOARES, L. F. . Deficiência da glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) em recém-nascidos, numa maternidade pública da cidade de Campina Grande, Estado da Paraíba, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e6399119855, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9855. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9855. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde