Fatores socioeconômicos associados ao consumo de café da manhã e a ingestão alimentar em crianças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9872

Palavras-chave:

Crianças; Ingestão de alimentos; Fatores socioeconômicos.

Resumo

O presente estudo se propôs avaliar fatores socioeconômicos associados ao consumo de café da manhã e a ingestão alimentar em crianças. Sendo um estudo do tipo descritivo e transversal de abordagem quantitativa, realizado em uma escola privada com 75 crianças de 7 a 10 anos de idade de ambos os sexos. Para a coleta de dados foram utilizados um questionário socioeconômico e um de frequência alimentar. Sendo estipulado para definição do consumo de café da manhã, o horário em que a refeição foi realizada, antes das dez horas e para omissão do consumo de café da manhã a frequência entre seis a nenhum dia da semana de consumo desta refeição. Para avaliar os parâmetros antropométricos, foi aferido peso (kg) e altura (m) para calcular o Índice de Massa Corporal (IMC). Os dados foram tabulados pelo programa Excel® versão 2016 e os resultados expressos por meio de média e desvio padrão, com os Teste qui-quadrado ou exato de Fisher, considerando-se significativo p<0,05. A média de idade foi de 104,9 meses (DP=14). A distribuição do consumo de café da manhã foi de 24% (n=18) omite o consumo da refeição e 76% (n=57) fazem o consumo diariamente, sendo cerca de 72,2% (n=13) de omissão da refeição entre as meninas e 27,8% (n=5) nos meninos. Enquanto em relação ao consumo diário para meninos e meninas, cerca de 45,6% (n=26) e 54,4% (n=31), respectivamente (p=0,180). Conclui-se uma alta prevalência de omissão do consumo de café da manhã entre os pesquisados.

Referências

Adolphus. K., Lawton, C. L., & Dye, L. (2013) The effects of breakfast on behaviour and academic performance in children and adolescents. Frontiers in human neuroscience, 7, 1-28, 2013. https://doi.org/10.3389/fnhum.2013.00425

Aranceta, J., Serra, M. L., Ribas, L., & Pérez, R. C. (2011) Breakfast consumption in Spanish children and young people. Public Health Nutrition, 4(6a),1439-1444. https://doi.org/10.1079/PHN2001235

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

Bertin, R. L., Malkowski, J., Zutter, L. C. I., & Ulbrich, A. Z. (2010) Estado nutricional, hábitos alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista Paulista de Pediatria, 28(3), 303-308. https://doi.org/10.1590/S0103-05822010000300008

Castro, T. G., Novaes, J. F., Silva, M. R., Costa, N. M. B., Fransceschini, S. C. C., & Tinôco, A. L. A. et al. (2005) Caracterização do consumo alimentar, ambiente socioeconômico e estado nutricional de pré-escolares de creches municipais. Rev. Nutri, 18(3),321-330.

https://doi.org/10.1590/S1415-52732005000300004

Dos passos, D. R., Gigante, D. P., Maciel, F. V., & Matijasevich, A. (2015) Comportamento alimentar infantil: comparação entre crianças sem e com excesso de peso em uma escola do município de Pelotas, RS. Revista Paulista de Pediatria, 33(1), 42-49. Recuperado de: https://www.scielo.br/pdf/rpp/v33n1/pt_0103-0582-rpp-33-01-00042.pdf

Del pino, D. L. (2009) Adaptação e validação de um questionário de frequência alimentar para crianças de 6 a 10 anos. [Dissertação de mestrado]. Porto Alegre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Recuperado de https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/15937/000690957.pdf

Dubois, L., Girard, M., & Kent, M.P. (2006) Breakfast eating and overweight in a pre-school population: is there a link? Public health nutrition, 9(4), 436-442.

https://doi.org/10.1017/S1368980008001894

Galvan-Portillo, M., Sánchez, E., Cárdenas-Cárdenas, L. M., Karam, R., Claudio, L., Cruz, M., & Burguete-García, A. (2018) Dietary patterns in Mexican children and adolescents: Characterization and relation with socioeconomic and home environment factors. Appetite. 121: 275-84. https://doi.org/10.1016/j.appet.2017.11.088

Genes, A. H. (2013) El Desayuno y su Importancia ¿ Es Realmente el Desayuno uma Necesidad Fisiológica o um Hábito Saludable? Gastrohnup, 15(2), 20-27. Recuperado de https://revgastrohnup.univalle.edu.co/a13v15n2/a13v15n2art4.pdf

Guimarães, A. C. V. T. (2014) Consumo e qualidade do café da manhã de pré-escolares. 132p. [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Nutrição, Goiás. Recuperado de https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4032/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Ana%20Carolina%20V%20de%20T%20Guimaraes%20-%202014.pdf

Höfelmann da momm, N. (2014) Breakfast: omission and associated factors in schoolchildren from Itajaí, Santa Catarina state, Brazil. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim, 39(1), 40-55. https://dx.doi.org/10.4322/nutrire.2014.005

Jackson, L. W. (2013) The most important meal of the day: why children skip breakfast and what can be done about it. Pediatric annals, 42(9),194-197. https://doi.org/10.3928/00904481-20130823-10

Marchioni, D. M. L., Gorgulho, B. M., Teixeira, J. A., Verly, J. E., & Fisberg, R. M. (2015) Prevalência de omissão do café da manhã e seus fatores associados em adolescentes de São Paulo: estudo ISA-Capital. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr, 40(1),10-20. Recuperado de https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-749168?lang=pt

Marangoni, F., Poli, A., Agostoni, C., Di piero, P. A (2009) Consensus document on the role of breakfast in the attainment andmaintenance of health and wellness. Acta Bio Médica Atenei Parmensis, 80(2),166-71. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/38028791_A_consensus_document_on_the_role_of_breakfast_in_the_attainment_and_maintenance_of_health_and_wellness

MINISTÉRIO DA SAÚDE - sistema de vigilância alimentar e nutricional (SISVAN). (2011) Orientação para Coleta e Análise de Dados Antropométricos Em Serviço de Saúde. ed. 2011. Brasília. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf.

Molina, M. C. B., Lopéz, P. M., Faria, C. P., Cade, N. V., & Zandonade, E. (2010) Preditores socioeconômicos da qualidade da alimentação de crianças. Revista de Saúde Pública, 44(5), 785-732. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010005000036

Prado, B. G., Hinnig, P. F., Tanaka, L. F., & Latorre, M. R. D. O. (2015) Qualidade da dieta de escolares de 7 a 10 anos do município de São Paulo; associação com o número e os locais de refeições. Rev. de Nutri, 28(6), 607-618. https://doi.org/10.1590/1415-52732015000600004

Petrauskienė, A., Žaltauskė, V., & Albavičiūtė, E. (2015) Family Socioeconomic status and nutrition habits of 7–8 year old children: cross-sectional Lithuanian COSI study. Italian journal of pediatrics, 41(1), 1-7. https://doi.org/10.1186/s13052-015-0139-1

Pedraza, D. F., Silva, F. A., Melo, N. L. S., Araújo, E. M. N., & Sousa C. P. C. (2017) Estado nutricional e hábitos alimentares de escolares de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Ciência & saúde coletiva, 22(2), 469-477. https://doi.org/10.1590/1413-81232017222.26252015.

Rampersaud, G. C., Pereira, M. A., Beverly, L. G., Judi, A., & Jordan, D. M. (2005). Breakfast Habits, Nutritional Status, Body Weight, and Academic Performance in Children and Adolescents. Journal of the American Dietetic Association, 105(5),743-60. https://doi.org/10.1016/j.jada.2005.02.007

Rampersaud, G. C. (2009). Benefits of breakfast for children and adolescents: update and recommendations for practitioners. American Journal of Lifestyle Medicine, 3(2),86-103. Recuperado de https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1559827608327219

Reddan, J., Wahlstrom, K., & Reicks, M. (2002). Children's perceived benefits and barriers in relation to eating breakfast in schools with or without universal school breakfast. Journal of Nutrition Education and Behavior, 34(1),47-52. https://doi.org/10.1016/s1499-4046(06)60226-1.

Shafiee, G., Kelishadi, R., Quorbani, M., Motlagh, M.E., Tahari, M., & Ardalan, G. et al. (2013) Association of breakfast intake with cardiometabolic risk factors. Jornal de pediatria, 89(6), 575-582. https://doi.org/10.1016/j.jped.2013.03.020.

Slater, B., Phillippi, S. T., Marchioni, D. M. L., & Fisberg, R. M. (2003) Validação de Questionários de Frequência Alimentar - QFA: considerações metodológicas. Rev. bras. Epidemiol, 6(3),200-208. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2003000300003.

Segovia, M. J. G., & Villares, J. M. M. (2010) El desayuno en la infancia: más que una buena costumbre. Acta Pediátrica Española, 68(8), 403-408. Recuperado de https://www.ecestaticos.com/file/28861385342ea2e02c14a3f50f25c5cf/1504525589-acta-pediatrica-el-desayuno-en-la-infancia-mas-que-una-buena-costumbre-2010.pdf

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO-SBAN. (2015). Alimentação variada e o papel do café da manhã. Recuperado Set 25, 2020, de http://www.sban.org.br/documentos-tecnicos.aspx

Szajewska, H., & Ruszczyński, M. (2010) Systematic review demonstrating that breakfast consumption influences body weight outcomes in children and adolescents in Europe. Critical reviews in food science and nutrition, 50(2),113119. https://doi.org/10.1080/10408390903467514

Trancoso, S. C., Cavalli, S. B., & Proença, R. P. C. (2010). Café da manhã: caracterização, consumo e importância para a saúde. Rev. Nutr, 23(5), 859-869. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732010000500016.

Trahms, C. M. (2013). Nutrição no estágio inicial da infância. In: Escott-stump, Sylvia; Mahan, L. Kathleen; Raymond JL. (Ed.), Krause, alimentos, nutrição e dietoterapia (pp.375-388). Elsevier. 2013.

Vitolo, M. R. (2008). Parte IV- Infância. Avaliação Nutricional da Criança. In: Vitolo, M.R. (Ed.), Nutrição da Gestação ao Envelhecimento (pp.171-190). Rubio. 2008.

Downloads

Publicado

22/11/2020

Como Citar

BARROSO, M. D. S.; CARIOCA , A. A. F.; LIMA, V. S. de; ALBUQUERQUE, N. V.; BEZERRA, A. N.; PEREIRA , C. P. Fatores socioeconômicos associados ao consumo de café da manhã e a ingestão alimentar em crianças. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e4899119872, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9872. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9872. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde