Dinâmica participativa com cipeiros prisionais: prática de saúde no combate à desinformação e estigmatização da tuberculose
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9877Palavras-chave:
Tuberculose; Empregados do governo; Prisões; Educação em saúde.Resumo
Objetivo: Narrar a experiência de uma metodologia ativa aplicada para verificar e difundir o conhecimento sobre a tuberculose entre os cipeiros prisionais do Oeste Paulista. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre atividade aplicada de forma dinâmica e lúdica, na qual eixos temáticos sobre a tuberculose (contágio, defesa, profilaxia, sintomatologia, tratamento e aspecto social) eram sorteados dando início a um debate coletivo. Vinte e seis profissionais da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) participaram da atividade e, ao final, preencheram um pequeno questionário para narrarem discursivamente sua experiência com a atividade, acerca da pertinência e aplicabilidade da temática discutida. Resultados: A atividade promoveu debates bem produtivos, demonstrando que muitos ainda possuem dúvidas sobre a tuberculose. Apesar de satisfeitos com a metodologia, os participantes sentiram falta de material impresso, ou, do fechamento com uma palestra. Além disso, ficou clara a necessidade de envolver as unidades prisionais e os privados de liberdade nas práticas de saúde. Conclusão: Verificou-se que o conhecimento sobre tuberculose ainda é defasado entre os cipeiros prisionais e que atividades deste gênero têm potencial para ser um bom instrumento disseminador de conhecimento.
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