Desenvolvimento de sepse em pacientes queimados, uma revisão de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9901

Palavras-chave:

Queimaduras; Sepse; Unidade de queimados.

Resumo

A pele tem como capacidade ser barreira física contra a entrada de microorganismos no corpo. O trauma ocasionado por queimadura rompe essa função, o que facilita a invasão de patógenos externos. A sepse é uma grave implicação que pode ocorrer em pacientes queimados. O objetivo desse estudo é abordar a causa da sepse, os principais patógenos envolvidos no desenvolvimento e sua gravidade nos pacientes queimados. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa de artigos completos disponíveis nas plataformas SciELO, Medline e Lilacs utilizando os descritores: “Queimaduras” e “Sepse”. Após a leitura analítica, apenas 05 artigos atenderam aos critérios de inclusão e foram utilizados para compor a amostra final deste estudo. Na análise descritiva, foi possível resumir e avaliar os dados oriundos dos artigos selecionados. Foram utilizados os artigos que estivessem enquadrados como pesquisas em seres humanos com ano de publicação entre 2015 e 2020. Resultados: A sepse é a principal causa de mortalidade em pacientes com queimaduras graves, podendo levar o paciente a choque séptico. O diagnóstico é difícil quanto mais rápido ele ocorrer maiores são as chances de sucesso do tratamento. Os principais patógenos que levam a sepse em queimados são Staphylococcus aureus, Acinetobacter sp, Candida albicans e Proteus sp. Conclusões: Os patógenos atuam de forma diferente em cada pessoa, dependendo de fatores como idade, doenças preexistentes, imunidade, entre outros. O manejo adequado do paciente é essencial para o bom prognóstico e deve ser feito por uma equipe multiprofissional a fim de contemplar as diversas necessidades do paciente.

Referências

Aidar Ugrinovich, L. G. P. S., de Lanes Lima, N., & Simioni, P. U. (2016). Principais patógenos envolvidos em casos de sepse em pacientes queimados: uma revisão de literatura. Revista Brasileira de Queimaduras, 15(3), 164-168.

Alves, R. M., Fernandes, F. E. C. V., de Souza Melo, F. B., Oliveira, L. R., Lopes, J. B. S. M., & Nery, R. P. C. (2018). Características e complicações associadas às queimaduras de pacientes em unidade de queimados. Revista Brasileira de Queimaduras, 17(1), 8-13.

Instituto Latino Americano de Sepse. (2015). Sepse: um problema de saúde pública. Recuperado de http://www.ilas.org.br/assets/arquivos/upload/Livro-ILAS(Sepse-CFM-ILAS).pdf

Instituto Latino Americano de Sepse. (2016). O que é sepse. Recuperado de http://www.ilas.org.br/assets/arquivos/uploa d/Livro-ILAS(Sepse-CFM-ILAS).pdf

Morais, C. N. D. S. S., Serra, M. C. D. V. F., Rios, J. A. S., Cortorreal, C. G., & Maciera, L. (2015). Perfil de infecção em pacientes vítimas de queimadura no Hospital Federal do Andaraí. Revista Brasileira de Queimaduras, 14(2), 109-112.

Moura, J. M., Sanches, E., Pereira, R., Frutuoso, I., Werneck, A. L., & Contrin, L. M. (2017). Diagnóstico de sepse em pacientes após internação em unidade de terapia intensiva. Arquivos de Ciências da Saúde, 24(3), 55-60.

Manning, J. (2018). Sepsis in the Burn Patient. Critical care nursing clinics of North America, 30(3), 423-430.

Ministério da Saúde. (2017). Queimado. Recuperado de http://portalms.saude.gov.br/com ponent/con tent/article/842-queimados/40990- queimados.

Pantoja, J. A. C. D. S., Lima, A. V. M., de Borborema, C. L. P., da Cunha, L. M., Martins, M. M., & de Sousa, M. (2016). Perfil dos pacientes queimados atendidos em um centro de referência na região metropolitana de Belém do Pará. Revista Brasileira de Queimaduras, 15(3), 153-157.

Rhodes, A., Phillips, G., Beale, R., Cecconi, M., Chiche, J. D., De Backer, D., & Girardis, M. (2015). The surviving sepsis campaign bundles and outcome: results from the international multicentre prevalence study on sepsis (the IMPreSS study). Intensive care medicine, 41(9), 1620-1628.

Sales Júnior, J. A. L., David, C. M., Hatum, R., Souza, P. C. S., Japiassú, A., Pinheiro, C. T., & Dias, F. S. (2006). Sepse Brasil: estudo epidemiológico da sepse em unidades de terapia intensiva brasileiras. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 18(1), 9-17.

Silva, D. P. (2014). Elaboração de protocolos de cuidados de enfermagem ao paciente queimando em unidade de pronto atendimento 24 horas [dissertação]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Cataria.

Silva, E., & Salluh, J. I. (2007). Surviving sepsis campaign: reflexões e revisões. Revista Brasileira de terapia intensiva, 19(3), 281-283.

Singer, M., Deutschman, C. S., Seymour, C. W., Shankar-Hari, M., Annane, D., Bauer, M., & Hotchkiss, R. S. (2016). The third international consensus definitions for sepsis and septic shock (Sepsis-3). Jama, 315(8), 801-810.

Yan, J., Hill, W. F., Rehou, S., Pinto, R., Shahrokhi, S., & Jeschke, M. G. (2018). Sepsis criteria versus clinical diagnosis of sepsis in burn patients: A validation of current sepsis scores. Surgery, 164(6), 1241-1245.

Downloads

Publicado

15/11/2020

Como Citar

LOPES, M. S.; CAVALCANTE, I. dos S. .; CORREIA, R. S. .; MENDES, J. P. S. .; BARBOZA, D. L. L. .; PEREIRA, S. A. .; MOUTA, A. A. N. .; TEIXEIRA, P. M. G. .; GRAMMONT, C. C. M. de .; BELTRÃO, R. P. O. L. . Desenvolvimento de sepse em pacientes queimados, uma revisão de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 11, p. e3279119901, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i11.9901. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9901. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde