Agronegócio equino no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: sistemas de produção de equinos Mangalarga Marchador
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9931Palavras-chave:
Cavalos; Equinocultura; Sistema de produção.Resumo
Este trabalho objetivou estudar o sistema de produção de equinos Mangalarga Marchador no Estado do Rio de Janeiro, definindo a distribuição geográfica da criação e a população total de equinos nas mesorregiões, a importância comercial e social e o seu perfil produtivo. Os produtores entrevistados foram selecionados através de amostragem estratificada por mesorregião, com base em dados coletados na Associação Brasileira de Criadores. Os resultados mostraram que o Estado do Rio de Janeiro possui 1.573 associados e o efetivo de 92.162 animais registrados, o que corresponde a 15,43% do total nacional de equinos dessa raça. Aproximadamente 95,2% dos criatórios possuem área própria e mais da metade variando entre 100 e 500 hectares. A equinocultura é atividade principal em 79,2% dos criatórios, que têm como objetivo a comercialização da produção (39%), seguido do esporte (32,7%) e do lazer (18,6%) e empregam, em média, cinco funcionários fixos registrados. Os proprietários são 90% do sexo masculino e possuem outra atividade profissional como fonte de renda. O número médio de animais nos criatórios é de 100 cabeças, com média de 53 fêmeas, criadas preferencialmente em sistema extensivo, onde 39,9% das pastagens são formadas por gramíneas do gênero Brachiaria ssp. O capim Napier é o mais utilizado na suplementação volumosa, em média mensal de 12.866kg e a ração concentrada comercial é utilizada, em média, 2.800kg/criatório/mês. Para 90% dos criadores, a mão-de-obra pouco especializada é o maior entrave do crescimento da equinocultura no Rio de Janeiro.
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