Avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de educação física sobre hipertensão arterial para prescrição de exercício físico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.20944

Palavras-chave:

Hipertensão arterial; Pressão arterial; Educação física e treinamento; Guia de prática clínica.

Resumo

O objetivo do presente estudo foi avaliar e descrever o nível de conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre as recomendações para prescrição de exercícios físicos para hipertensos em academias de musculação nas zonas Leste e Oeste da cidade de Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa do tipo observacional, quantitativa, descritiva com corte transversal. Foram entrevistados 46 profissionais, sendo 41 homens 31.0 (±7.2) anos, e 5 mulheres 31.2 (±5.1) anos. Participaram desse estudo profissionais que atuavam em academias da região Leste e Oeste de Natal/RN com no mínimo 5.8 (±6.6) anos de atuação. Para a análise dos dados foi utilizada a média, assim como o percentual das respostas. Foram incluídos no estudo profissionais devidamente registrados no CREF16/RN. O estudo apresentou resultados onde 91,3% trabalhavam com hipertensos e que 61,5% sabiam apenas um critério para aferição da pressão arterial de acordo com a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Ainda, apenas 56,5% conheciam os critérios para hipertensos não iniciarem o exercício naquele dia, e sobre medicamentos, apenas 54,3% informaram o nome de pelo menos 1 medicamento para controle de hipertensão. Conclui-se, portanto, que o conhecimento desses profissionais para este público foi considerado insuficiente, de acordo com as recomendações da VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial e Ciência sobre treinamento para grupos especiais com risco cardiovascular. Sugere-se que mais estudos sejam realizados para se obter dados que auxiliem na elaboração de programas voltados para a atuação profissional, frente a alunos com hipertensão arterial.

Referências

Atthobari, J. et al. (2007). The impact of hormonal contraceptives on blood pressure, urinary albumin excretion and glomerular filtration rate. British Journal of Clinical Pharmacology, 63(2), 224-31.

Baster, T. & Baster-Brooks, C. (2005). Exercise and hypertension. Australian Family Physician, 34(6), 419-24.

Brasil. (2019) Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Ministério da Saúde, Brasília, DF.

CONFEF (2010). Estatuto do Conselho Federal de Educação Física – CONFEF. Diário Oficial, 237(1), 137-43. https://www.confef.org.br/confef/conteudo/471.

Dickinson, H. O. et al. (2008). Relaxation therapies for the management of primary hypertension in adults. Cochrane Database Syst. Rev., 23(1).

Fang, J. et al. (2005). Exercise and cardiovascular outcomes by hypertensive status: NHANES I epidemiological follow-up study, 1971-1992. American Journal of Hypertension, 18(6), 751-75.

Gomes, L. M, & Gomes, L. M. (2012) A importância do profissional de educação física na melhoria da qualidade de vida de diabéticos e hipertensos. IV Congresso Sudeste de Ciências do Esporte, Vitória, ES. https://cienciadotreinamento.com.br/wp-content/uploads/2017/06/EDUCA%C3%87%C3%83O-F%C3%8DSICA-IDENTIDADES-E-CAMPOS-DE-ATUA%C3%87%C3%83O..pdf.

Júnior, P. C. S. da S. et al. (1999). Os efeitos da atividade física na prevenção da hipertensão. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 5(2). https://www.scielo.br/j/rbme/a/HXpP6HJYtgFm4VRSSzmcDWn/abstract/?lang=pt.

Kithas, P. A, & Supiano, M. A. (2010) Practical recommendations for treatment of hypertension in older patients. Vasc Health Risk Manag., 6(9), 561-69.

Lubianca, J. N. et al. (2005). Stopping oral contraceptives: an effective blood pressure-lowering intervention in women with hypertension. Journal of Human Hypertension, 19(6) 451-55.

Negrão, C. E. et al. (2010). Cardiologia do exercício do atleta ao cardiopata. Editora Manole, 3, 451.

Netto, R. O. R. F. et al. (2017). Efeitos colaterais dos anti-hipertensivos mediante a prática da atividade física. Revista Magsul de Educação Física na Fronteira, 2(3). http://bibmagsul.kinghost.net/revista2016/index.php/RevMagEdFis/article/viewFile/411/300.

Nunes, A. C. C. A. et al. (2020). Nível básico de conhecimento do profissional de educação física sobre treinamento para hipertensos. Brazilian Journal of Development, 6(11), 91083-96. https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/20348.

Rainforth, M. V. et al. (2007). Stress reduction programs in patients with elevated blood pressure: a systematic review and meta-analysis. Curr. Hypertens. Rep., 9(6), 520-28.

Schmidt, M. I. et al. (2011). Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. The Lancet, 377(9781), 1949-61.

Sociedade Brasileira De Cardiologia. (2010). VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 95(1), 1-51.

Sociedade Brasileira De Hipertensão. (2020). Diretrizes de Hipertensão Arterial. Brazilian Guidelines of Hypertension.

Sociedade Brasileira De Hipertensão. (2016). VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Revista Hipertensão Arterial, 19(4), 10.

Sociedade Brasileira De Hipertensão. (2016). VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Revista Hipertensão Arterial, 19(4), 47.

Veríssimo E. M, & Medeiros J. A. (2017). Perfil do Conhecimento do profissional de educação física sobre hipertensão nas academias de musculação. Revista UNI-RN, 16(17) 257-73.

Downloads

Publicado

03/10/2021

Como Citar

MENDES, M. A. da S.; SILVA, D. C. da; SILVA , A. E. de O.; PEQUENO, L. K. S.; FERNANDES, B. G. .; SANTOS, R. C. dos; NUNES, M. I. L. B.; GOBBI, A. D. de L. S. .; JESUS, R. S. de; NUNES, A. C. C. de A. . Avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de educação física sobre hipertensão arterial para prescrição de exercício físico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e02101320944, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.20944. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20944. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde