Tecnologias de assistência na educação em saúde da juventude surda: reflexões necessárias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37989

Palavras-chave:

Tecnologias; Saúde; Educação; Juventude surda; Ensino-aprendizagem.

Resumo

O acesso à educação encontra-se positivado na Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, na condição de direito de todos e dever do Estado e da família. Todavia, muito embora se tenha a garantia deste direito em termos constitucionais, as ferramentas destinadas à sua concretização merecem atenção, notadamente no que concerne as especificidades subjetivas sociais. Nesse ínterim, objetiva-se refletir sobre as possibilidades tecnológicas de assistência na educação em saúde da juventude surda, em uma perspectiva integrada, considerando as barreiras inerentes a esse público. A metodologia foi de natureza qualitativa, a partir do método da revisão da literatura com o aporte da pesquisa bibliográfica e exploratória e, para as análises das informações extraídas de leituras realizadas em artigos que dialogavam o tema em questão. Buscou-se apoio ao método da análise de conteúdo. Decerto, constata-se que o manejo de tecnologias dinamiza e auxilia o processo de ensino-aprendizagem, cuja premissa reside em aprimorar o desenvolvimento humano, minorando e eliminando os obstáculos de pessoas com deficiências.

Biografia do Autor

Edine Dias Pimentel Gomes, Universidade Estadual do Ceará

Fonoaudióloga. Doutoranda do Programa de Pós- Graduação de Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, (CE).

Raimundo Augusto Martins Torres, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeiro. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, (CE).

Maria Petrília Rocha Fernandes, Universidade Estadual do Ceará

Profissional de Educação Física. Doutoranda do Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, (CE).

Karlla da Conceição Bezerra Veras, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós- Graduação de Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Mestre em Ensino na Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza, (CE).

Joara Maria Linhares Torquato Freire , Centro Universitário Inta

Docente do Curso de Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Inta -UNINTA.
Mestranda em Educação pela UNESC - Universidade Sul Catarinense.
Especialização com carater de Residência em Saúde da Família pela UVA - Universidade Vale do Acaraú.
Especialização em Audiologia pela UNIFOR - Universidade de Fortaleza.
Especialização em Motricidade Oral pelo CEFAC - Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica.
Graduação em Fonoaudiologia pela UNIFOR - Universidade de Fortaleza.

Vitória Régia Feitosa Gonçalves Costa, Centro Universitário Inta

Docente do curso de graduação em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Inta- UNINTA.

Mestre em Saúde e Envelhecimento pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

Graduação em Fonoaudiolog---ia pela Universidade de Fortaleza- UNIFOR

Kelly Alves de Almeida Furtado, Centro Universitário Inta

Docente do Curso de Fonoaudiologia pelo Centro Universitário Inta -UNINTA.

Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Mato Grosso

Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará- UFC.

Graduação em Fonoaudiologia pela Universidade de Fortaleza-UNIFOR.

Josiane Lima Mendes, Centro Universitário Inta

Diretora Pedagógica dos Cursos de Educação a Distância do Centro Universitário- UNINTA.

Mestrado em Biotecnologia pelo Centro Universitário Inta - UNINTA. 

Especialização em Farmácia Clínica, Prescrição Farmacêutica e Farmacologia pelo Centro Universitário Inta - UNINTA. 

Graduação em Farmacia pelo Centro Universitário Inta - UNINTA. 

Nayara Machado Melo Ponte , Centro Universitário Inta

Diretora geral da Faculdade 05 de julho - F5.

Mestranda em Desenvolvimento Socioeconômico, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC.

Assistente Social formada pelo Centro Universitário INTA - UNINTA.

Breno da Silva Albano, Universidade Estadual do Ceará

Graduado em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará- UECE. Membro do Centro Acadêmico de Enfermagem Ana Néri (CAAN - UECE) nas gestões AFASTA DE MIM ESTE CALE-SE (2018-2019) e DESCONSTRUIR PARA CONSTRUIR (2019-2021). Membro do Grupo de Pesquisa: Políticas, Saberes e Práticas em Enfermagem e Saúde Coletiva atuando na Linha de Pesquisa: Saberes e Práticas de Cuidado Clínico e Educativo de Enfermagem e Saúde Coletiva com as Juventudes, Gêneros e Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação. 

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Publicado

05/12/2022

Como Citar

GOMES, E. D. P.; TORRES, R. A. M.; FERNANDES, M. P. R.; VERAS, K. da C. B.; FREIRE , J. M. L. T. .; COSTA, V. R. F. G. .; FURTADO, K. A. de A. .; MENDES, J. L.; PONTE , N. M. M.; ALBANO, B. da S. Tecnologias de assistência na educação em saúde da juventude surda: reflexões necessárias . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e200111637989, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.37989. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37989. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

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Artigos de Revisão