Reflexões de enfermeiros gestores e ingerências de seu trabalho na Atenção Primária em Saúde em um município da região metropolitana de Belém
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13374Palavras-chave:
Enfermeiro; Gestão; Atenção básica.Resumo
A gerência constitui uma etapa fundamental para a efetivação das políticas de saúde, pois tem a capacidade de mediar às relações das necessidades demandadas pelos usuários do sistema de saúde. Na função de gestor, o enfermeiro atua como um profissional importante na implementação do sistema e serviços de saúde no país. O presente estudo objetivou analisar, como os enfermeiros gestores de um município de médio porte percebem sua influência nas Políticas de Saúde. Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se através de um roteiro de entrevista semiestruturado. No processamento dos dados, utilizou-se o software IRAMUTEQ, para análise destes foram utilizadas as técnicas de Classificação Hierárquica Descendente. Dentre as 16 Unidades Básicas de Saúde (UBS) incluídas, somente 01 unidade não possuía enfermeiro como gestor. Nas 15 demais unidades, 04 enfermeiros gestores se recusaram a participar da entrevista e 03 enfermeiros estavam afastados. A entrevista foi realizada com 08 enfermeiros gestores. Observou-se a baixa procura de pós-graduação na área da gestão em saúde para ocupação dos cargos, pouco tempo de formação profissional e atuação como gestor. Notou-se que todos os entrevistados possuem contratos temporários nas UBS. Desta forma, é presumível a grande rotatividade de gestores no cargo. Conclui-se que o perfil dos enfermeiros gestores no município se configura por pouco tempo de formação e pouco tempo na gestão. Tal perfil se caracteriza por menor tempo e instabilidade na permanência no cargo, vulnerabilidade à mudanças pelo cenário político.
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