Treinamento de resistência em escolares: Uma Revisão Integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13697

Palavras-chave:

Treinamento de resistência; Adolescente; Educação física e treinamento.

Resumo

Diversos estudos têm discutido os benefícios e as estratégias de segurança para o treinamento de resistência em crianças e adolescentes, entretanto, a sua inserção nas aulas de educação física escolar ainda não é significativa. A análise das atuais evidências científicas sobre o treinamento de resistência em escolares pode ampliar a compreensão de sua ação pedagógica e possibilitar inserção deste conteúdo na escola. Nesse sentido, este estudo de revisão teve por objetivo sintetizar as evidências sobre o treinamento de resistência em escolares. As bases eletrônicas consultadas foram BVS, PUBMED e SCIELO, utilizando a combinação dos termos relativos ao treinamento de resistência, adolescentes e escola. O mapeamento resultou em 08 artigos, incluindo pesquisas de campo e revisões, publicados entre 2010 e 2020. Os resultados evidenciaram a melhora da aptidão física, da composição corporal e de variáveis bioquímicas, a redução de desvios posturais e do risco de lesões, bem como de doenças associadas ao sedentarismo, além de ampliar a motivação e a adesão dos escolares nas aulas de educação física. Estes resultados apontam que o treinamento de resistência, quando sob supervisão adequada, pode promover inúmeros benefícios e ampliar a motivação dos escolares.

Referências

Andreis, N. G., & Balbé, G. P. (2018). A influência do treinamento de força em indivíduos com síndrome metabólica. Biomotriz, 12(1).

Arazi, H., Ghiasi, A., & Asgharpoor, S. (2013). A comparative study of cardiovascular responses to two rest intervals between circuit resistance exercises in normotensive woman. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 19(3), 176-180.

Barbosa, L. A., & Pinto, N. V. (2020). Aptidão física relacionada à saúde em escolares praticantes de ginástica coletiva. Research, Society and Development, 9(5), e141953351-e141953351.

Barros, A. M. G., Visco, D. B., da Silva, R. M. P., da Paiva Alves, S. P., da Silva Simões, M. O., Medeiros, C. C. M., & de Carvalho, D. F. (2020). Perfil lipídico em crianças com sobrepeso e obesidade: uma revisão integrativa. Research, Society and Development, 9(11), e4349119952-e4349119952.

Behm, D. G., Faigenbaum, A. D., Falk, B., & Klentrou, P. (2008). Canadian Society for Exercise Physiology position paper: resistance training in children and adolescents. Applied physiology, nutrition, and metabolism, 33(3), 547-561.

Benedet, J., Freddi, J. C., Luciano, A. P., Almeida, F. D. S., Silva, G. L. D., Hinnig, P. D. F., & Adami, F. (2013). Treinamento resistido para crianças e adolescentes. ABCS health sci.

Bracht, V. (2000). Esporte na escola e esporte de rendimento. Movimento (ESEFID/UFRGS), 6(12).

Brink, Y., Crous, L. C., Louw, Q. A., Grimmer-Somers, K., & Schreve, K. (2009). The association between postural alignment and psychosocial factors to upper quadrant pain in high school students: a prospective study. Manual therapy, 14(6), 647-653.

Cichocki, M., Fernandes, K. P., Castro-Alves, D. C., & Gomes, M. V. D. M. (2017). Atividade física e modulação do risco cardiovascular. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 23(1), 21-25.

Damas, F., Libardi, C. A., Ugrinowitsch, C., Vechin, F. C., Lixandrão, M. E., Snijders, T., ... & Phillips, S. M. (2018). Early-and later-phases satellite cell responses and myonuclear content with resistance training in young men. PloS one, 13(1), e0191039.

Dao, H. H., Frelut, M. L., Oberlin, F., Peres, G., Bourgeois, P., & Navarro, J. (2004). Effects of a multidisciplinary weight loss intervention on body composition in obese adolescents. International Journal of Obesity, 28(2), 290-299.

Detsch, C., Luz, A. M. H., Candotti, C. T., Oliveira, D. S. D., Lazaron, F., Guimarães, L. K., & Schimanoski, P. (2007). Prevalência de alterações posturais em escolares do ensino médio em uma cidade no Sul do Brasil. Revista Panamericana de Salud Publica, 21, 231-238.

Diepenmaat, A. C. M., Van der Wal, M. F., De Vet, H. C. W., & Hirasing, R. A. (2006). Neck/shoulder, low back, and arm pain in relation to computer use, physical activity, stress, and depression among Dutch adolescents. Pediatrics, 117(2), 412-416.

Faigenbaum, AD, Lloyd, RS, MacDonald, J., & Myer, GD (2016). Citius, Altius, Fortius: efeitos benéficos do treinamento resistido para jovens atletas: revisão narrativa. British Journal of Sports Medicine, 50 (1), 3-7.

Faigenbaum, A. D., Lloyd, R. S., & Myer, G. D. (2013). Youth resistance training: past practices, new perspectives, and future directions. Pediatric exercise science, 25(4), 591-604.

Fröberg, A., Alricsson, M., & Ahnesjö, J. (2014). Awareness of current recommendations and guidelines regarding strength training for youth. International journal of adolescent medicine and health, 26(4), 517-523.

Kennedy, S. G., Smith, J. J., Morgan, P. J., Peralta, L. R., Hilland, T. A., Eather, N., ... & Lubans, D. R. (2018). Implementing resistance training in secondary schools: a cluster randomized controlled trial. Medicine & Science in Sports & Exercise, 50(1), 62-72.

Lee, E. Y., & Yoon, K. H. (2018). Epidemic obesity in children and adolescents: risk factors and prevention. Frontiers of medicine, 12(6), 658-666.

Lauersen, J. B., Andersen, T. E., & Andersen, L. B. (2018). Strength training as superior, dose-dependent and safe prevention of acute and overuse sports injuries: a systematic review, qualitative analysis and meta-analysis. British journal of sports medicine, 52(24), 1557-1563.

Lesinski, M., Prieske, O., & Granacher, U. (2016). Effects and dose–response relationships of resistance training on physical performance in youth athletes: a systematic review and meta-analysis. British journal of sports medicine, 50(13), 781-795.

Malina, R. M. (2006). Weight training in youth-growth, maturation, and safety: an evidence-based review. Clinical journal of sport medicine, 16(6), 478-487.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto-enfermagem, 17(4), 758-764.

Menegon, D., Kocourek, G. D., da Silva Lima, S. B., Lima, W. F., Kravchychyn, C., & de Oliveira, A. A. B. (2016). Musculação na educação física escolar: uma experiência no ensino médio noturno. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 38(2), 171-178.

Moro, T., Bianco, A., Faigenbaum, A. D., & Paoli, A. (2014). Pediatric resistance training: current issues and concerns. Minerva pediatrica, 66(3), 217-227.

Murphy, S., Buckle, P., & Stubbs, D. (2004). Classroom posture and self-reported back and neck pain in schoolchildren. Applied ergonomics, 35(2), 113-120.

Piñeros-Garzón, F. S., & Rodríguez-Hernández, J. M. (2019). Factores de riesgo asociados al control glucémico y síndrome metabólico en pacientes con diabetes mellitus tipo 2. Villavicencio, Colombia. Universidad y Salud, 21(1), 61-71.

Prins, Y., Crous, L., & Louw, Q. A. (2008). A systematic review of posture and psychosocial factors as contributors to upper quadrant musculoskeletal pain in children and adolescents. Physiotherapy theory and practice, 24(4), 221-242.

Rosa Santos, L. D., Araujo, S. S. D., Vieira, E. F. D. S., Estevam, C. D. S., Santos, J. L. D., Wichi, R. B., ... & Marçal, A. C. (2020). Effects of 12 weeks of resistance training on cardiovascular risk factors in school adolescents. Medicina, 56(5), 220.

Ruas, C. V., Brown, L. E., & Pinto, R. S. (2014). Treinamento de força para crianças e adolescentes: adaptações, riscos e linhas de orientação. Brazilian Journal of Motor Behavior, 8(1), 1-9.

Ruivo, R. M., Pezarat-Correia, P., & Carita, A. I. (2017). Effects of a resistance and stretching training program on forward head and protracted shoulder posture in adolescents. Journal of manipulative and physiological therapeutics, 40(1), 1-10.

Silva, D. A. S., & Martins, P. C. (2017). Impact of physical growth, body adiposity and lifestyle on muscular strength and cardiorespiratory fitness of adolescents. Journal of bodywork and movement therapies, 21(4), 896-901.

Souza, M. T. D., Silva, M. D. D., & Carvalho, R. D. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), 8(1), 102-106.

Stricker, P. R., Faigenbaum, A. D., & McCambridge, T. M. (2020). Resistance training for children and adolescents. Pediatrics, 145(6).

Suskind, R. M., Blecker, U., Udall, Jr, J. N., Von Almen, T. K., Schumacher, H. D., Carlisle, L., & Sothern, M. S. (2000). Recent advances in the treatment of childhood obesity. Pediatric diabetes, 1(1), 23-33.

Tomeleri, C. M., Ronque, E. R., Silva, D. R., Júnior, C. G. C., Fernandes, R. A., Teixeira, D. C., ... & Cyrino, E. S. (2015). Prevalence of dyslipidemia in adolescents: comparison between definitions. Revista Portuguesa de Cardiologia, 34(2), 103-109.

Ughini, C. C., Becker, C., & Pinto, R. S. (2011). Treinamento de força em crianças: segurança, benefícios e recomendações. Conexões, 9(2), 177-197.

Van Niekerk, S. M., Louw, Q., Vaughan, C., Grimmer-Somers, K., & Schreve, K. (2008). Photographic measurement of upper-body sitting posture of high school students: a reliability and validity study. BMC musculoskeletal disorders, 9(1), 1-11.

Velez, A., Golem, D. L., & Arent, S. M. (2010). The impact of a 12-week resistance training program on strength, body composition, and self-concept of Hispanic adolescents. The Journal of Strength & Conditioning Research, 24(4), 1065-1073.

Downloads

Publicado

26/03/2021

Como Citar

PINTO, N. V.; PEREIRA, R. C. Treinamento de resistência em escolares: Uma Revisão Integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 3, p. e54510313697, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.13697. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/13697. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão