Da cantina à UAN: Transições no âmbito da alimentação escolar
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.15497Palavras-chave:
Alimentação escolar; Merendeiras; PNAE; Segurança alimentar e nutricional.Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar o processo de transição da alimentação escolar considerando as modificações na estrutura do seu espaço de produção. Foi realizada uma pesquisa de cunho etnográfico, no período de outubro a dezembro de 2014, em uma escola pública de bairro popular da cidade de Salvador (BA), tendo como principais interlocutoras as merendeiras da instituição. Para estabelecer um diálogo com os dados empíricos (observação participante e entrevistas) produzidos em campo, foram analisadas publicações científicas e documentos oficiais. Os resultados obtidos evidenciam que a transição de “cantina” para “Unidade de Alimentação e Nutrição” prevaleceu muito mais no campo conceitual do que no estrutural, o que gera dois espaços simbólicos: a “cozinha ideal”, plenamente alinhada à legislação e conteúdo das capacitações, e a “cozinha real”, em que são realizadas as práticas cotidianas. Avanços posteriores na política relacionada ao PNAE devem considerar a escuta de todos envolvidos no processo, além de uma reflexão crítica a respeito da sua efetividade no âmbito escolar.
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