O Ensino Médio e as avaliações em larga escala no contexto educacional brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20024

Palavras-chave:

Ensino Médio brasileiro; Avaliações em Larga Escala; Dualidade educacional.

Resumo

O ensaio ora sob relatório tem como objetivo analisar a evolução do Ensino Médio (EM), delineando sua relação com as avaliações de larga escala implantadas no Brasil em meados de 1990. Nesse prisma, temos como questões norteadoras: o Ensino Médio brasileiro tem identidade clara? Este nível é o trampolim para a universidade ou para a formação profissional? Com bases em que parâmetros é discutido e implantado esse grau de ensino? O que expressam as avaliações? Será que essas mensurações em larga escala podem oferecer os elementos necessários para se pensar uma proposta deste ensino para o conjunto dos adolescentes e jovens brasileiros? Quanto à metodologia buscou-se aporte teórico em renomados autores como Mello (1999), Kuenzer (1997), Ramos (2011), Freitas (2004), Maggio (2006), além de consultas em documentos, como leis, censos escolares e relatórios. Os resultados, demonstraram que houve avanços no Ensino Médio brasileiro, como o aumento das matrículas, mas que permanecem velhos problemas e que novas dificuldades são expressas – persistência de altos índices de evasão e reprovação; falta de condições econômicas dos estudantes das escolas públicas; desinteresse; etc. Além disso, a expansão carrega a marca que reproduz a desigualdade regional, de sexo, cor, raça e modalidade de oferta de formação geral para as elites e técnico de nível médio para os filhos dos trabalhadores, expressando a dualidade arraigada nesta etapa educacional. As considerações apontam para a necessidade de mudanças na educação incluindo as condições de formação docente, à exceção dos instrumentos avaliativos, buscando apreender a identidade do Ensino Médio.

Biografia do Autor

Antônia de Abreu Sousa, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Doutora, mestra em Educação Brasileira, pela Universidade Federal do Ceará; Professora permanente no Programa Nacional de pós-graduação de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica; Colaboradora no Programa de Pós-graduação em Educação brasileira da Universidade Federal do Ceará; pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Qualificação Profissional – LABOR; pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Educação Profissional – NUPEP; professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE.

Francisco Euguenys Medeiros da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Mestre em Educação Profissional e Tecnológica, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE; Graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará – UECE; Graduado em Pedagogia pela FUNIP, Professor da Rede estadual de ensino do Ceará (SEDUC/CE). Pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Qualificação Profissional – LABOR

Elenilce Gomes de Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Doutora, mestra em Educação Brasileira, pela Universidade Federal do Ceará; Professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará; Professora permanente no Programa Nacional de pós-graduação de Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica; Colaboradora no Programa de Pós-graduação em Educação brasileira da Universidade Federal do Ceará; pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Trabalho e Qualificação Profissional – LABOR; pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Educação Profissional – NUPEP; professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE.

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Publicado

16/09/2021

Como Citar

SOUSA, A. de A.; SILVA, F. E. M. da; OLIVEIRA, E. G. de . O Ensino Médio e as avaliações em larga escala no contexto educacional brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e166101220024, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20024. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20024. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais