O comprometimento de gestores acadêmicos na universidade pública: relações afetivas, instrumentais e normativas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23039Palavras-chave:
Comprometimento Organizacional; Comprometimento; Gestores Acadêmicos; Universidade pública.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo investigar o comprometimento de gestores(as) acadêmicos(as) na universidade pública. A população da pesquisa foi composta por 80 gestores(as), tendo como amostra 46 respondentes. O questionário aplicado é composto pelo perfil sociodemográfico e pela escala de comprometimento organizacional desenvolvida por Meyer, Allen e Smith (1993). A análise dos dados se dá por meio de métodos estatísticos e a técnica análise de conteúdo, útil na interpretação dos resultados, pois melhor esclarece os dados quantitativos. Os resultados demonstram elevado comprometimento afetivo, enquanto que o normativo e o instrumental se equivalem em termos estatísticos, sendo este o ponto chave da pesquisa, objeto de análise mais profunda. Os gestores demonstram vontade de permanência e identificação com a universidade, que é a principal característica da base afetiva de comprometimento. Há um laço do servidor com a instituição que não exclusivamente o profissional. A base normativa é basicamente expressa pela lealdade. A gratidão constrói-se ao longo do tempo de trabalho, conforme consolida-se o vínculo entre o trabalhador e a organização. A base instrumental demonstra que os gestores estão na universidade mais por vontade do que por necessidade. O(A) docente chegou onde queria em termos de carreira, e assumiu uma função pública como coordenador(a) de curso de graduação, inferindo-se daí que não tenha interesse em atuar em outra universidade pública, visto as garantias legais serem iguais. Esses dados resultantes levam à reflexão a respeito das complexas ligações entre docente e universidade, ensejando outras pesquisas futuras para continuidade do tema.
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