“Nova” formação médica: percepção dos docentes de um curso implementado a partir do Programa Mais Médicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.26980Palavras-chave:
Formação Médica; Educação Superior; Educação de graduação em medicina; Docentes de medicina.Resumo
Introdução: A formação médica está em constante transformação a fim de construir um profissional médico capaz de intervir nas necessidades atuais da saúde brasileira. No Brasil, o processo de mudanças foi impulsionado por meio do Programa Mais Médicos e pelas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a graduação em medicina. Objetivo: O trabalho teve como objetivo levantar a percepção de docentes vinculados a um curso de graduação em medicina alinhado ao Programa Mais Médicos no que diz respeito à "nova" formação médica no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, em que participaram dezoito (n=18) professores do referido curso. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas individuais narrativas baseadas em um roteiro orientador. A análise de dados foi realizada pela Hermenêutica-Dialética. Resultados: Emergiram as seguintes categorias de análise: Projeto Pedagógico Curricular (PPC) do curso e metodologias de aprendizagem. Dentre as dificuldades para sua implantação, são citadas a profissionalização do papel docente, a complexidade das atividades, a escassa fonte de literatura e a insegurança. Essas características são somadas à superação da formação tradicional que juntas atritam com a implementação de estratégias de ensino ativo, necessitando que os docentes estejam abertos para as mudanças que vêm ocorrendo na formação médica. Conclusão: Com esse estudo, foi possível identificar inquietações e percepções no que tange ao formato do curso e ao seu processo de implantação.
Referências
Barboza, J. S., Felício, H. M. dos S.(2018). Integração Curricular a partir da Análise de uma Disciplina de um Curso de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 42 (3), 27–35.
Barreto, N. A. P., Xavier, A. R. E. de O., Sonzogno, M. C. (2018). Percepção de Tutores quanto a Sua Avaliação pelos Discentes de um Curso Médico. Revista Brasileira de Educação Médica, 42 (1), 57–66.
Brasil (2014). Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3/2014 nº 3 de 20 de junho de 2014. Institui Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Medicina e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 2014 Jun; Seção 1; 8-11.
Brasil (2013). Ministério da Saúde. Programa Mais Médicos. Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013. Institui o Programa Mais Médicos, altera as Leis nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, e nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 22 de outubro de 2013.
Custódio, J. B. et al. (2019). Desafios Associados à Formação do Médico em Saúde Coletiva no Curso de Medicina de uma Universidade Pública do Ceará. Revista Brasileira de Educação Médica, 43 (2), 114–121.
Dias, H. S., Lima, L. D. de, Teixeira, M. (2020). De ações pontuais a marco de governo: A medicina na trajetória da política nacional de educação e regulação do trabalho na saúde. Trabalho, Educação e Saúde, 18 (2), e00270101.
Farias, J. M. de, Minghelli, L. C., & Soratto, J. (2020). Promoção da saúde: Discursos e concepções na atenção primária à saúde. Cadernos de Saúde Coletiva, 28 (3), 381–389.
Fonsêca, G. S., & Souza, J. V. G. de. (2019). Narrative of an educational path: Providing a (new) meaning to medical education. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 23, e180059.
Franco, R. S. et al. (2014). O conceito de competência: Uma análise do discurso docente. Revista Brasileira de Educação Médica, 38 (2), 173–181.
Garcia, M. A. A. et al (2007). A interdisciplinaridade necessária à educação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, 31 (2), 147–155.
Garcia, M. A. A., & Silva, A. L. B. da. (2011). Um perfil do docente de medicina e sua participação na reestruturação curricular. Revista Brasileira de Educação Médica, 35 (1), 58–68.
Junges, K. dos S., Behrens, M. A. (2016). An innovative educational training as a way to build teaching knowledge in Higher Education. Educar em Revista, 59 (1), 211–229.
Karimi, R. (2011). Interface between problem-based learning and a learner-centered paradigm. Advances in Medical Education and Practice, 2, 117–125.
Leite, V. T. et al. (2020). Avaliação do Perfil dos Professores de Medicina de uma Universidade do Interior de Minas Gerais. Revista Brasileira de Educação Médica, 44 (3), e096.
Lima, P. R. S. de, & Marques, R. V. D. de A. (2019). Perspectivas sobre o Aprendizado na Óptica de Estudantes de Medicina: Análise do Impacto de Transição Curricular. Revista Brasileira de Educação Médica, 43 (2), 87–94.
Lopes, J. M. et al. (2020). Self-Efficacy of Medical Students in Two Schools with Different Education Methodologies (Problem-Basead Learning versus Traditional). Revista Brasileira de Educação Médica, 44 (2), e048.
Maués, C. R. et al. (2018). Training and Professional Activities of Medical Graduates from a Private Institution of Pará: Profile and Compliance with the National Curricular Guidelines. Revista Brasileira de Educação Médica, 42 (3), 129–145.
Mendonça, A. M. M. C. et al. (2019). Perspectiva dos Discentes de Medicina de uma Universidade Pública sobre Saúde e Qualidade de Vida. Revista Brasileira de Educação Médica, 43 (1), 228–235.
Minayo, MCS (2013). Hermenêutica-dialética como caminho do pensamento. In: Minayo, MCS; DESLANDES, S. F. organizadores. Caminhos do pensamento: epistemologia e método. Rio de Janeiro: Fiocruz. p. 83-107.
Mitre, S. M. et al. (2008). Active teaching-learning methodologies in health education: Current debates. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (2), 2133–2144.
Moreira de Sousa, J., Moreira, C. A., & Telles-Correia, D. (2018). Anxiety, Depression and Academic Performance: A Study Amongst Portuguese Medical Students Versus Non-Medical Students. Acta Medica Portuguesa, 31 (9), 454–462.
Nunes, G. F., et al. (2020). Análise dos Níveis de Empatia de Professores e Preceptores Médicos de um Curso de Medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 44 (1), e043.
Oliveira, F. P. et al. (2019). The More Doctors Program and the rearrangement of medical residency education focused on Family and Community Medicine. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 23 (1), e180008.
Olopade, F. E. et al. (2016). Developing a competency-based medical education curriculum for the core basic medical sciences in an African Medical School. Advances in Medical Education and Practice, 7 (1), 389—398.
Pacheco, J. P. et al. (2017). Mental health problems among medical students in Brazil: A systematic review and meta-analysis. Brazilian Journal of Psychiatry, 39 (4), 369–378.
Perim, G. L. et al. (2009). Teaching development and medical education. Revista Brasileira de Educação Médica, 33 (1), 70–82.
Rezende, V. L. M. de,. et al. (2019). Documentary analysis of the pedagogical project of a Medicine course and teaching in Primary Care. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 23 (1), e170896.
Rotenstein, L. S. et al. (2016). Prevalence of Depression, Depressive Symptoms, and Suicidal Ideation Among Medical Students: A Systematic Review and Meta-Analysis. JAMA, 316 (21), 2214–2236.
Santos, F. F. det al. (2020). Performance in Health Education Competency: Self-Assessment of Medical Students. Revista Brasileira de Educação Médica, 44 (3), e085.
Silveira, N. J. D. et al. (2020). More Doctors Program: Health work process and socioeconomic indicators. Revista Da Associação Médica Brasileira, 66 (3), 321–327.
Sordi, M. R. L. D. et al. (2020). Experiência de construção coletiva de instrumento autoavaliativo a serviço da formação médica referenciada nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) pautadas no Programa Mais Médicos. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 24, e190527.
Tian-Ci Quek, T. et al. (2019). The Global Prevalence of Anxiety Among Medical Students: A Meta-Analysis. International Journal of Environmental Research and Public Health, 16 (15), 2735.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Dyelle Hingrid Gonçalves Gontijo; Caroline Borba Voigt; Graciela Soares Fonseca
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
