STEM e as Avaliações em Larga Escala: influências, aproximações e distanciamentos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.27059Palavras-chave:
Avaliação em larga escala; Movimento STEM; Sistema educacional Brasileiro.Resumo
Objetiva-se neste trabalho, analisar a relação entre o Movimento STEM e as Avaliações em Larga Escala no âmbito educacional brasileiro (Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB, Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos - ENCCEJA e Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM), verificando as influências, aproximações e distanciamentos entre os dois termos à luz dos documentos normativos. Para tal, tem-se como estratégia metodológica uma investigação de cunho qualitativo, com caráter descritivo-exploratório nas Matrizes de Referência do ENEM, SAEB e ENCCEJA. Para a análise, far-se-á o uso da Análise de Conteúdo nas categorias estruturantes do Movimento STEM: Ensino emancipatório, Níveis de integração, Formação para o mundo do trabalho, Resolução de Problemas, Criatividade, Criticidade, Comunicação e Colaboração. Como resultados obteve-se que a criticidade se faz presente em todos os documentos, enquanto a criatividade e colaboração não são contempladas em nenhum dos documentos. A comunicação é abordada apenas em uma área das avaliações do ENEM e ENCCEJA, sem estar presente na matriz do SAEB. Ademais, o ensino emancipatório e a formação para o mundo do trabalho aparecem timidamente no ENEM e no ENCCEJA, fazendo-se ausente no SAEB. A resolução de situações reais é orientada em todos os documentos. Os níveis de integração fazem-se presentes apenas em nível disciplinar. Portanto, em nenhuma das três avaliações em larga escala brasileira há a efetiva avaliação de todos pontos primordiais para a Educação STEM. Logo, faz-se necessário uma avaliação para analisar seus impactos positivos e negativos, bem como se sua real perspectiva está sendo contemplada.
Referências
Bacich, L., Holanda, L. STEAM.(2020). Integrando as áreas para desenvolver competências. In: Bacich, L., Holanda, L. STEAM (Org.). STEAM em sala de aula: a aprendizagem baseada em projetos integrando conhecimentos na educação básica (recurso eletrônico). Porto Alegre: Penso. https://books.google.com.br
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo. Edições 70.
Bauer, A., Alavarse, O. M., Oliveira, R. P. (2015). Avaliações em larga escala: uma sistematização do debate. Educ. Pesqui., 41(esp.), 1367-1382.
Brasil. (2002). Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Documento Básico - Exame Nacional de Certificação de Competência de Jovens e Adultos. Brasília. https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avaliacoes_e_exames_da_educacao_basica/encceja_exame_nacional_de_certificacao_de_competencias_de_jovens_e_adultos_documento_basico.pdf
Brasil. (2017). Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). MEC/CONSED/UNDIME. Brasília. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf
Brasil. (1996). Ministério da Educação. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394
Brasil.(2019). Ministério da Educação. Portaria n° 366, de 29 de abril de 2019. Estabelece as diretrizes de realização do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) no ano de 2019. Brasília.
Brasil. (2020). Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de Referência para o ENEM. Brasília. https://download.inep.gov.br/download/enem/matriz_referencia.pdf
Brasil. (2020). Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matrizes de Referência ENCCEJA - Ensino Médio. Brasília. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/encceja/outros-documentos
Brasil. (2020). Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de Referência para o SAEB. Brasília. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb/matrizes-e-escalas
Breiner, J. M., Harkness, S. S., Johnson, C.C., Koehler, C. M. (2012). What Is STEM? A Discussion About Conceptions of STEM in Education and Partnerships. In: School Science and Mathematics, 112(1), 3-11. https://www.researchgate.net/publication/264295459_What_is_STEM_A_discussion_about_Conceptions_of_STEM_in_education_and_partnerships
Bybee, R. W. (2010). What is STEM education? Science, 329(5995), 996.
Carvalho, L. M. (2012). The Fabrication and Travel of a Knowledge-Policy Instrument. European Educational Research Journal, London, 1(2), 172-18.
Catelli Jr., R, R., Gisi, B., Serrao, L. F. S. (2013). Encceja: cenário de disputas na EJA. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 94(238), 721-744.
Fazenda, I. C. A. (2001). Interdisciplinaridade: História, teoria e pesquisa. (8a ed.). Campinas: Papirus.
Li, Y (2014). International Journal of STEM Education - a platform to promote STEM education and research worldwide. International Journal of STEM Education, 1(1).
Malheiros, B. T. (2011). Metodologia da Pesquisa em Educação. Rio de Janeiro: LTC.
National Education Association. (2012). Preparing 21st Century Studen.ts for a Global Society: An Educator’s Guide to the “Four Cs”. http://www.nea.org/assets/docs/A-Guide-to-Four-Cs.pdf.
Pugliese, G., Santos, V. M. (2020). As relações entre o PISA e o movimento STEM education no Brasil. Préprints Scielo.
Pugliese, G. O. (2017). Os modelos pedagógicos de ensino de ciências em dois programas educacionais baseados em STEM (Science, Technology, Engineering and Mathematics). 2017. 135p. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, Campinas. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/331557
Sanders, M. (2009). STEM, STEM Education, STEMmania. In: The Technology Teacher, 68(4), 20-26.
Santos, B. S. (2009). Por uma pedagogia do conflito. In: Freitas, A. L. S.; Moraes, S. C. (Org.). Contra o desperdício da experiência: a pedagogia do conflito revisitada. Porto Alegre: Redes, 15-33.
Thomas, B., Watters, J. J. (2015). Perspectives on Australian, Indian and Malaysian approaches to STEM education. International Journal of Educational Development, 45, 42-53.
Tolentino Neto, L. C. B., Ocampo, D. M., Dávila, E. S., Lopes, A. F., Melo, G. C., Medeiros, J. G., Lopes, W. M., Martins, P. A. (2021). Entendendo as Necessidades da Escola do Século XXI a Partir do Movimento STEM. (1a ed.). Recife: Even3 Publicações. https://even3.blob.core.windows.net/even3publ
icacoes-assets/book/542221-entendendo-as-necessidades-da-escola-do-seculo-xxi-a-partir-.pdf
Villani, M., Oliveira, D. A. (2018). Avaliação Nacional e Internacional no Brasil: os vínculos entre o PISA e o IDEB. Educação & Realidade, 43(4), 1343-1362.
White, D. W. (2014). What is STEM education and why is it important? Florida Association of Teacher Educators Journal, 1(14), 1-8. http://www.fate1.org/journals/2014/white.pdf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Graciele Carvalho de Melo; Andressa Freitas Lopes; Ariane Prates Brum; Juliana Guarize Medeiros; Luiz Caldeira Brant de Tolentino Neto; Micheli Bordoli Amestoy
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.