Perfil epidemiológico dos tipos de parto realizados no Brasil: análise temporal, regional e fatorial
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29678Palavras-chave:
Parto cesárea; Parto vaginal; Epidemiologia; Pré-natal.Resumo
Introdução: As vias de parto usualmente vistas são o parto cesáreo e o parto normal e, no Brasil, a taxa de cesariana apresenta tendência crescente, com aumento de 38% para 57% entre 2001 e 2014. Apesar da contribuição dessa intervenção para uma melhor assistência à saúde, é eficiente que sua indicação seja com justificativa clínica, minimizando riscos e agregando benefícios. Objetivo: descrever o comportamento histórico nos últimos 10 anos do tipo de parto e seus fatores associados no Brasil e por regiões segundo dados disponíveis no DATASUS. Resultados e discussão: Foram registrados de 2010 a 2020 um número total de 31887329 partos, representado aproximadamente em 55% pelo tipo cesárea. Essa amplitude acentuou-se, observando um declínio da realização do parto vaginal. Das regiões, apenas no Nordeste houve predomínio do número de partos vaginais, no período de 2010 a 2013, e em 2018, o número de cesáreas supera, tornando-se semelhante às demais regiões. Foi constatado que não houve diferença significativa da variação entre o tipo de parto e o ano de realização (p<0,08), mas houve correlação significativa entre idade gestacional, idade da mãe e número de consultas realizadas (p<0,008). Conclusão: existe prevalência do número absoluto e relativo de partos cesárea sobre partos vaginais, influenciada por fatores como a idade gestacional da realização do parto, a idade da mãe, o poder aquisitivo e socioeconômico, a escolaridade, a segurança conjugal, o número de consultas de pré-natal e acesso prévio à informação. Portanto, existe análise estatística com diferença significativa que justifique os números apresentados.
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