Um olhar para as novas diretrizes concernentes à formação docente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30087

Palavras-chave:

Formação docente; Processos; Ensino.

Resumo

A qualidade da educação é influenciada por múltiplos fatores e diferentes autores apontam que a atuação didática do professor é a razão determinante da qualidade da aprendizagem dos alunos. Não é o único fator, mas é o mais importante. Sendo assim, políticas públicas voltadas para a qualificação da formação docente são necessárias, especialmente no caso do Brasil, que se encontra em uma situação difícil em relação aos indicadores de qualidade nos processos de ensino e de aprendizagem. As novas diretrizes para a formação veem na esteira desse cenário, a fim de induzir mudanças substanciais nos cursos de licenciatura. Metodologicamente, analisamos, a partir de uma abordagem qualitativa, o documento, ao pontuar alguns limitadores e sugerir possibilidades alternativas. Nosso objetivo foi o de refletir criticamente sobre o processo de (auto) formação docente promovido nos cursos de licenciatura no Brasil.         Concluímos, por enquanto e considerando que muito precisa ser feito nos cursos de formação docente que as mudanças são dependentes/autônomas do contexto amplo no qual se inserem as instituições, os cursos, os componentes curriculares, os professores efetivos, os alunos e os servidores em geral. Para viabilizar mudanças significativas, todos esses agentes precisarão reconhecer a necessidade de mudar e assumir a tarefa como sua, atribuindo significado a ela. Isso é processo. Analisar e refletir criticamente sobre as novas diretrizes propostas pode contribuir nele.

Biografia do Autor

Ruhena Kelber Abrão, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Educação Física (FURG). Mestre em Educação Física (UFPel) e Doutor em Educação em Ciências e Saúde (UFRGS). Pós Doutorando em Políticas Públicas (UMC), na linha em Práticas de Saúde e Desenvolvimento. Professor Adjunto II da Universidade Federal do Tocantins (UFT).Docente do curso de Educação Física e professor Permanente no Programa de Ensino em Ciências e Saúde (PPGECS). Bolsista Produtividade em Pesquisa pela UFT. Tutor da residência multiprofissional em Saúde da Família e bolsista da Escola de Saúde Pública de Palmas. Coordena, desde 2016, o Centro de Desenvolvimento do Esporte Recreativo e do Lazer, Rede CEDES.Filiado a Associação brasileira de pesquisa e pós-graduação em estudos do lazer (ANPEL) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Foi Conselheiro Chefe da Editora da UFT - biênio (2017-2019). Foi bolsista da Fiocruz (2016-2017). Foi Coordenador dos cursos de Pedagogia, Educação Física e Educação Física, modalidade PARFOR. Atuou por 12 anos na Educação Básica na esfera pública municipal, estadual e particular, bem como orientação escolar. Desde 2008 atua no Ensino Superior. Tem experiência na área de Educação e Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: Infâncias, formação de profissionais para a docência, Recreação Hospitalar, Estudos do Lazer, bem como Gestão, Planejamento e Políticas Públicas em Saúde.

Referências

Abrão, R. K. (2012). A política de organização das infâncias e o currículo da Educação Infantil e do primeiro ano. Zero-a-seis, 14(25), 51-74.

Abrão, R. K., & Silva, J. A. D. (2012). A análise do uso dos jogos para o desenvolvimento do pensamento lógico-matemático nos anos iniciais do ensino fundamental. Vivências (URI. Erechim), 14, 10-19.

Abrão, K. E Figueredo, M. (2013). A Corporeidade Infantil Nos Espaços da escola. Vivências. 9(16): 20-28.

Abrão, K. R., & Del Pino, J. C. (2016). Cognição e aprendizagem no espaço da tecnologia. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 1776-1798.

Alonso Tapia. (2006). Motivar em la escuela, motivar em la família. Morata,

da Silva Quixabeira, A. P., Silva, A. R. A., de Araújo, B. C., Silva, B. C., Abreu, V. P. L., Borges, A. K. P., & Ferreira, R. K. A. (2021). Metodologias ativas e o ensino de educação física: uma revisão da literatura. Revista Observatório, 7(1), a12pt-a12pt.

da Silva, L. G., & Rocha, J. D. T. (2019). Formação docente: o uso da tecnologia educacional independente na educação básica. Humanidades & Inovação, 6(8), 123-129.

Darling-Hammond, L. (2010). The Flat World and Education – How America’s commitment to equity will determine our future. Teachers College Press.

Darling-Hammond. L. (2008). Powerful Learning – What we know about teaching for understanding. Jossey-Bass.

Darling-Hammond. L. (2005). Preparing Teachers for a Changing World – What teachers should learn and be able to do. Jossey-Bass.

Demo, P. Complexidade e aprendizagem – A dinâmica não linear do conhecimento. Atlas, 2002.

Demo, P. Outro professor – Alunos aprendem bem com professores que aprendem bem. Paco Editorial, 2011.

Demo, P. (2018). Atividades de aprendizagem: sair da mania do ensino para comprometer-se com a aprendizagem do estudante [recurso eletrônico] / Campo Grande: Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul – SED/MS, 2018.

do Nascimento, D. E., Abrão, R. K., Quaresma, F. R. P., Soares, K. C. P. C., & Tavares, A. L. (2020). Formação, lazer e currículo: os cursos de Educação Física do Tocantins. LICERE-Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 23(2), 342-361.

Ferreira, N S C. (1998). Gestão e Organização Escolar. IESDE Brasil, 2009FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Paz e Terra.

Ferreira, R. K. A., & da Silva Santos, E. (2021). Breves considerações sobre a documentação pedagógica. Research, Society and Development, 10(9), e15010917782-e15010917782.

Gatti, Bernardete Angelina. (2019). Professores do Brasil: novos cenários de formação / Elba Siqueira de Sá Barretto, Marli

Eliza Dalmazo Afonso de André e Patrícia Cristina Albieri de Almeida. – Brasília: Unesco, 2019. https://www.fcc.org.br/fcc/wp-content/uploads/2019/05/Livro_ProfessoresDoBrasil.pdf acessado em 09/07/2020.

Gimeno Sacristan, J. (1998). Currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise da prática? In: Gimeno Sacristán, j.; Pérez Gomes, A. I. (Orgs). Compreender e transformar o ensino. (3a ed.), Artmed,. cap. 6. p.119-148.

Moares, R. (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciênc. educ. 9(2), 191-211. https://doi.org/10.1590/S1516-73132003000200004.

Morin, E. (2000). O método 3: O conhecimento do conhecimento. Porto Alegre: Sulina, 1999. Morin, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed., Cortez; UNESCO.

Nóvoa, A. (1995). Os professores e sua formação. Dom Quixote.

Oliveira Santana, M. D., Machado Silva, A. P., Carvalho de Araújo, B., & Abrão Ferreira, R. K. (2021). Conhecimentos e práticas de lazer: uma perspectiva de trabalho e saúde. Linhas Crí¬ticas, 27, e35146. https://doi.org/10.26512/lc.v27.2021.35146

Oliveira, R. M., Santana, T. P., & Ferreira, R. K. A. (2021). A aplicação dos princípios da Bioética no Ensino Superior. Revista Eletrônica Pesquiseduca, 13(30), 619-632.

Perrenoud, P. (2000). Dez Novas Competências para Ensinar. Artes Médicas.

Piaget, J. Seis estudos de Psicologia. Forense Universitária, 1990.

Pimenta, s.g.; Anastasiou, L.G.C. (2005). Docência no Ensino Superior. (2a ed.), Cortez.

Rocha, J. D. T., & Nogueira, C. D. R. M. (2019). Formação docente: uso das tecnologias como ferramentas de interatividade no processo de ensino. Revista Observatório, 5(6), 578-596.

Rocha, J. D. T., Nogueira, C. D. R. M., dos Santos Sousa, J. L., & de Sousa, G. R. (2018). Práticas pedagógicas curriculares: uso das tecnologias na contemporaneidade. Revista Observatório, 4(5), 673-694.

Rosário; Núñez; González-Piend. Comprometer-se Com o Estudar na Universidade: “Cartas Do Gervásio Ao Seu Umbigo –https://www.academia.edu/13702120/COMPROMETER-SE_COM_O_ESTUDAR_NA_UNIVERSIDADE_CARTAS_DO_GERV%C3%81SIO_AO_SEU_UMBIGO_, acessado em 13/07/2021.

Saviani, D (2001). Educação no Brasil: concepção e desafios para o século XXI. Revista HISTEDBR on-line, Campinas, n. 3, jul.

Schwartz, S., Vieira, M. A., Rodrigues, A. C. S., & Ferreira, R. K. A. (2020). Estratégias para o trabalho com textos na universidade. Research, Society and Development, 9(8), e790986209-e790986209.

Schwartz, s.; bitencourt, Z.A. Quem é o “bom professor” universitário? Estudantes e professores de cursos de Licenciatura em Pedagogia dizem quais são as (ideais) qualidades deste profissional. In: seminário de pesquisa em educação da região sul (ANPEd-SUL), IX., 2012, Caxias do Sul. Anais, Caxias do Sul: UCS, 2012.

Silva, A. P. M., de Araújo, B. C., Santana, M. D. O., & Ferreira, R. K. A. (2021). Estratégias docentes na transição do ensino presencial para o ensino remoto. Humanidades & Inovação, 8 (44), 63-72.

Tardif, M. (2010). Saberes docentes e formação profissional. (11a ed.), Vozes.

Veiga, I P A. Docência: formação, identidade profissional e inovações didáticas. In: encontro de didática e prática de ensino. 13, 2006, Anais... Recife: ENDIPE, 2006. 467-482.

Vieira, M. A., Cortes, M., & Abrao, R. K. (2020). O perfil educacional dos estudantes da educação a distância da UNIPAMPA. Revista Brasileira De Política E Administração Da Educação, 36(3), 1029–1045. https://doi.org/10.21573/vol36n32020.104884

Vygotsky, L. S. (1989). A formação social da mente. Martins Fontes.

Weisz, T. (2000). O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. Ática...

Downloads

Publicado

22/05/2022

Como Citar

SCHWARTZ, S. .; VIEIRA, M. A. .; ABRÃO, R. K. Um olhar para as novas diretrizes concernentes à formação docente . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 7, p. e24211730087, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i7.30087. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30087. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais