Sedimentação de amido de tapioca usando coagulante natural a partir da semente de Morinega Oleífera Lam
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3169Palavras-chave:
Amido de tapioca; Sedimentação batelada; Sustentabilidade.Resumo
O amido de mandioca tem várias aplicações conhecidas nas áreas alimentícia, de papel, colas e indústria têxtil, incluindo embalagens biodegradáveis. Em pequenas e médias indústrias, o amido é obtido pela lavagem da casca e moagem da raiz da mandioca, seguida pela separação da água e do amido por sedimentação, sendo a polpa concentrada submetida posteriormente à secagem. Uma vez que as partículas de amido são muito finas e de baixa densidade, o tempo de sedimentação são altos, resultando em bateladas com cerca de 18 a 24 h. No entanto, o uso de coagulantes favorece a formação de aglomerados de partículas com maior tamanho e mais pesados, permitindo uma sedimentação mais rápida. Neste trabalho, um coagulante natural obtido do extrato de semente de M. oleifera LAM foi utilizado na redução do tempo de sedimentação do amido de mandioca. Foi avaliado o efeito da concentração inicial das partículas e do teor de coagulante sobre o tempo final de sedimentação por meio de testes de sedimentação batelada. Os resultados mostraram que o uso do coagulante reduziu o tempo de sedimentação em proveta de 14h para 2h, permitindo uma rápida operação em batelada.
Referências
Alalm, M. G.; Nasr, M. & Shinichi, O. (2016). Assessment of a novel spiral hydraulic flocculation/sedimentation system by CFD simulation, fuzzy inference system, and response surface methodology. Separation and Purification Technology. 169, 137-150.
American Water Works Association (AWWA). (1990). Water quality and treatment: a handbook of community water supplies. McGraw Hill Publishing Company, 4th edition, New York.
Andrade, W.A.; Cruz, G.P.; Silva, M.S.; Santos, M.F.O.; Silva, G.F. & Santos, J.P.L. (2020). Synthesis of a tensoative based on oil Moringa Oleífera Lam and formulation of microemulsioned systems for breaking oil water emulsions. Research, Society and Development, 9 (2), e193922194.
Anwar, F.; Latif, S.; Ashraf, M. & Gilani, A.H. (2007). Moringa oleifera: A Food Plant with Multiple Medicinal Uses. Phytother Res., 21, 17-25.
Arouca, F.O., Lopes, L.C.O. & Damasceno, J.J.R. (2006). Concentration Profiles and Iso-Concentration Curves for Batch Settling Using the Gamma Rays Attenuation Technique. Materials Science Forum, 530-531, 29-34
Câmara, G.B., Oliveira, T.K.B., Leite, D.D.F., Soares, T.C., Lima, A.R.N., Vasconcelos, S.H., Barbosa , M.L. & Trigueiro, L.S.L. (2019). Physico-chemical, toxicological and nutritional characterization of dry and in natura Moringa oleifera Lam leaves, Research, Society and Development, 8(11), e178111450.
Cereda, M. P. (2005). Indústria de fécula. In: Farias, A. R. N. et al. Processamento e utilização da mandioca. 1ª ed. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical.
Daiuto, R.R.; Cereda, M. P.; Carvalho, J. J. C. B. (2002). Biossíntese de amido. In: Cereda, M. P.; Vilpoux, O. (Coord.). Propriedades gerais de amido. São Paulo: Fundação Cargill, 57-73.
D’souza, J. & Kulkarni, A.R. (1993). Comparative studies on nutritive values of tender foliage of seedlings and mature plants of Moringa oleifera Lam. J. Econ. Taxon. Bot., 17, 479–485.
Fatombi, J. K.; Lartiges, B.; Aminou, T.; Barres, O. & Caillet, C. (2013). A natural coagulant protein from copra (Cocos nucifera): Isolation, characterization, and potential for water purification. Separation and Purification Technology, 116, 35-40, 2013.
Felipe, F. I. (2010). Panorama e perspectivas para a indústria de fécula de mandioca no Brasil. Revista Raízes e Amidos Tropicais, 6, 134-146.
Felipe, F.I. (2018). Competitiveness of the cassava starch industry in Brazil and in Thailand. CEPEA - Center for Advanced Studies on Applied Economics. Acessado dia 10 de março de 2020. https://www.cepea.esalq.usp.br/en/opinion/competitiveness-of-the-cassava-starch-industry-in-brazil-and-in-thailand.aspx
Fernandes, N. M. G.; Ginoris, Y.P.; Rios, R.H.T. & Brandão, C.C.S. (2010). Influência do pH de coagulação e da dose de sulfato de alumínio na remoção de oocistos de Crystosporidium por filtração direta descendente. Engenharia Sanitária e Ambiental. 15(4), 375-384.
Grabow W.O.K.; Slabert J.L.; Morgan W.S.G. & Jahn S.A.A. (1985). Toxicity and mutagenicity evaluation of water coagulated with Moringa oleifera seed preparations using fish, protozoan, bacterial, enzyme and Ames Salmonella assays. Water SA., 11, 9-14.
Jahn, S. A. A. (1989). Moringa oleifera for food and water purification – selection of clones and growing of anual short stem. Entwicklung Landlicher Raum., 23(4), 22-25.
Landman, K. A.; White, L. R. & Buscall, R. (1988), The continuous-flow gravity thickener: steady state behavior. AIChE Journal, 34(2), 239-252.
Lima, U. A. (1982). Manual técnico de beneficiamento e industrialização da mandioca. São Paulo: Secretaria de Ciência e Tecnologia, v.2. 56 p.
Matsuura, F. C. A. U.; Folegatti, M. I. S. & Sarmento, S. (2003). Iniciando um pequeno grande negócio agroindustrial: processamento de mandioca. Brasília: Embrapa/Sebrae.
Nasim, T.; Abhijit, P.; Arindam, G.; Goswami, L. & Bandyopadhyay, A. (2014). Exploring polyelectrolytic features of the exudate from native Acacia nilótica for flocculating aqueous kaolin suspension. Separation and Purification Technology,131, p. 50-59.
Ndabigengesere, A. & Narasiah, K. S. (1998). Quality of water treated by coagulation using Moringa oleifera seeds. Water research., 32(3), 781-791.
Ndabigengesere, A.; Narasiah, K. S. & Talbot, B. G. (1995). Active agents and mechanism of coagulation of turbid waters using Moringa oleifera. Water research., 29(2), 703-710.
Pritchard, M.; Craven, T.; Mkandawire, T.; Edmondson, A.S. & O’Neill, J.G. (2010). A study of the parameters affecting the effectiveness of Moringa oleifera in drinking water purification. Physics and Chemistry of the Earth, 35(13-14), 791-797.
Saengchan, K.; Nophratana, A. & Songkasiri, W. (2009). Enhancement of tapioca starch separation step with hydrociclone: effects of apex diameter, feed concentration, and pressure drop on tapioca starch separation with a hydrocyclone. Chemical Engineering and Processing. 48, 195-202.
Sajeev, M. S. & Kailappan, R. (2008). Effect of various processes on settling of cassava starch. Journal of Root Crops., 34(2), 148-156.
Santos, A.R.A., Cruz, L.A., Gontijo, H.M. (2019). Study of water and sewage systems in the rural community of Capela Branca in Bela Vista de Minas/MG. Research, Society and Development; 8(2), e4782740.
Schmitt, D. M. F. (2011). Tratamento de águas residuárias nas indústrias de laticínio pelos processos combinados coagulação/ floculação/ adsorção/ ultrafiltração utilizando semente de Moringa oleifera como coagulante. 2011. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Paraná, Brazil.
Souza, C. M. & Bragança, M. G. (2000). Processamento artesanal da mandioca: fabricação do polvilho. Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais - EMATER-MG, Belo Horizonte.
Stoppe, A.C.R.; Vieira Neto, J.L. & Santos, K.G. (2020). Development of a fixed bed solar dryer: experimental study and CFD simulations. Research, Society and Development, 9(3), e123932667.
Verdcourt, B.A. (1985). A synopsis of the Moringaceae. Kew Bull. 40, 1-23.
Zhao, S. & Zhang, D. A. (2013). parametric study of supercritical carbono dioxide extraction of oil from Moringa oleifera seeds using a response surface methodology. Separation and Purification Technology, 113, 9-17.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
