A cultura do consumo e o endividamento excessivo: uma discussão sobre possíveis intervenções da educação financeira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.32282Palavras-chave:
Consumismo; Educação Financeira; Endividamento.Resumo
A dificuldade em administrar recursos financeiros tem levado muitos brasileiros ao endividamento, pois nem todos possuem o conhecimento necessário para lidar com o dinheiro de maneira assertiva. Somado a esse fato, a cultura do consumo estimula o consumismo, com desejos intermináveis e no consumo acrítico, interferindo no equilíbrio financeiro, adquirindo bens que não estão dentro do orçamento, podendo levar ao endividamento. Já a Educação Financeira apresenta conceitos e objetivos de encontro a essa problemática, objetivando o equilíbrio da vida financeira, o consumo consciente e a poupança. Assim, por meio de pesquisa qualitativa realizou-se um levantamento bibliográfico considerando a questão norteadora: Como a Educação Financeira pode contribuir para minimizar os impactos do Consumismo e Endividamento na sociedade? Os aportes teóricos Bauman (2001; 2008), Baudrillard (1985), Bourdieu (1983) e ENEF (2012), possibilitaram uma discussão de possíveis articulações entre consumismo e endividamento e os objetivos da Educação Financeira nas Escolas, considerando suas contribuições para o consumo consciente e o equilíbrio financeiro. Inferiu-se que a Educação Financeira pode contribuir para a amenização dos problemas com o consumismo e o endividamento, utilizando conceitos e ferramentas que estimulem as habilidades e que viabilizem um processo reflexivo sobre as atitudes para o equilíbrio da vida financeira.
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