Conhecimento e práticas maternas sobre alimentação complementar em crianças de zero a dois anos de idade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.33986

Palavras-chave:

Enfermagem; Fenômenos Fisiológicos da Nutrição do Lactente; Criança; Relações Mãe-Filho; Conhecimento.

Resumo

Este estudo objetivou conhecer as práticas maternas sobre alimentação complementar em crianças de zero a dois anos de idade. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, desenvolvido em uma Unidade de Atenção Primária em Saúde (UAPS) na cidade de Fortaleza-CE, Brasil.  A unidade escolhida faz parte da área de abrangência e reponsabilidade sanitária da Universidade Estadual do Ceará (UECE), sendo campo de prática dos discentes do curso de enfermagem da referida universidade. A pesquisa seguiu o referencial de estudos de melhoria da qualidade COREQ da rede EQUATOR. Participaram inicialmente do estudo 20 mães, escolhidas por conveniência, sendo amostra final 19 mães. A coleta ocorreu no mês de setembro de 2018 através de uma entrevista semiestruturada. As respostas foram gravadas, com duração média de dez minutos. As informações foram transcritas para organização do corpus textual, analisadas e processadas pelo software IRAMUTEQ. O corpus textual foi composto por 88 seguimentos, dos quais se obtiveram 68 Unidades de Contexto Elementar, produzindo seis classes: alimentos ofertados, orientações, conhecimento das mães, facilidades das mães, dificuldades das mães, sentimentos maternos. O estudo mostrou que as mães têm conhecimento sobre a introdução alimentar nas crianças menores de 2 anos, no entanto  o início desses alimentos complementares são difíceis, pois surgem os sentimentos de medo e dúvida, principalmente a ansiedade e a insegurança relacionadas a adaptação da criança com as novas descobertas alimentares, partindo desses anseios, nessa nova fase da vida da criança, é preciso que os profissionais ofereçam uma rede de apoio  de orientações e esclarecimentos  às mães e/ou aos responsáveis pela criança.

Biografia do Autor

Camila Almeida Leandro, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Residente em Saúde da Mulher e da Criança -MEAC UFC .

Maria Solange Nogueira dos Santos, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde (PPCCLIS) da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Aliniana da Silva Santos, Universidade Estadual do Ceará

Doutora em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (2019). Mestre em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri-URCA (2016). Especialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatal pela UNIFAMETRO e em Estratégia de Saúde da Família pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2013.1). Bacharel em Enfermagem pela URCA (2012.1). Docente da Faculdade Paraíso Ceará.

Lidiane do Nascimento Rodrigues, Universidade Estadual do Ceará

Enfermeira. Doutora em Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) (2021).  

Vanusa Maria Gomes Napoleão Silva, Universidade Estadual do Ceará

Doutoranda em Cuidados Clínicos, Enfermagem e Saúde (PPCCLIS) pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). 

Samara Hellen Nogueira de Freitas, Universidade Estadual do Ceará

Graduanda em enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará

Firmina Hermelinda Saldanha Albuquerque, Universidade Federal do Amazonas

Enfermeira pela Universidade Federal do Ceará (UFC) (2003). Especialização em Planejamento e Gestão em Saúde Pública pela Faculdade Táhirih, ADCAM (2007), Especialização em Urgência e Emergência pela Faculdade Literatus, (UNICEL) (2011), Especialização em Saúde Indígena pela Universidade Federal de São Paulo - (UNIFESP) (2012) e Especialização em Preceptoria no SUS pelo Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa (2016). Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) (2018). Docente do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB/UFAM). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem em Saúde Pública, Saúde Indígena e Docência na Enfermagem. Participa como membro efetivo do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Saúde das Populações Amazônicas - NESPA. Área Predominante: Consumo de plantas medicinais pelas populações Amazônicas, Educação em Saúde das populações Amazônicas e Epidemiologia de Doenças Transmissíveis e Não-transmissíveis.

 

Edna Maria Camelo Chaves, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual do Ceará (1988), mestrado em Cuidados Clínicos em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará (2006) e doutorado em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (2012). Professora adjunta da Universidade Estadual do Ceará. Atua na graduação nas disciplinas de Farmacologia e Processo de Cuidar da Saúde da Criança e Adolescente. Atualmente na pós-graduação, com orientação de mestrado no PPGCF e Mestrado Profissional em Saúde da Criança e Adolescente. Colaboradora do do Programa de Pós-Graduação Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde. Tem experiência na área de Enfermagem Pediátrica e Neonatal e em Farmacologia com ênfase em Neuropsicofarmacologia, desenvolvendo pesquisa experimental direcionada ao estudo de polissacarídeos de plantas. 

Referências

Andrade, H. S., Pessoa, R. A., & Donizete, L. C. V. (2018). Fatores relacionados ao desmame precoce do aleitamento materno. Revista Brasileira de Medicina de Família E Comunidade, 13(40), 1–11. https://doi.org/10.5712/rbmfc13(40)1698

Brasil, G. C., Leon, C. G. R. M., Ribeiro, L. M., Schardosim, J. M., & Guilhem, D. B. (2017). Mother knowledge regarding nourishment of infants over six months. REME: Revista Mineira de Enfermagem, 21. https://doi.org/10.5935/1415-2762.20170008

Cardoso, E. R., & Ferreira, J. C. de S. (2022). A importância da alimentação de crianças nos primeiros dois anos de vida. Research, Society and Development, 11(7), e24611729822. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29822

Dallazen, C., Silva, S. A., Gonçalves, V. S. S., Nilson, E. A. F., Crispim, S. P., Lang, R. M. F., Moreira, J. D., Tietzmann, D. C., & Vítolo, M. R. (2018). Introduction of inappropriate complementary feeding in the first year of life and associated factors in children with low socioeconomic status. Cadernos de Saúde Pública, 34, e00202816. https://doi.org/10.1590/0102-311x00202816

De Oliveira, E. S., Viana, V. V. P., Araújo, T. S., Martins, M. C., Cardoso, M. V. L. M. L., & Pinto, L. M. O. (2018). Alimentação complementar de lactentes atendidos em uma unidade básica de saúde da família no nordeste brasileiro. Cogitare Enfermagem, 23(1). https://doi.org/10.5380/ce.v23i1.51220

Giesta, J. M., Zoche, E., Corrêa, R. S., & Bosa, V. L. (2019). Fatores associados à introdução precoce de alimentos ultraprocessados na alimentação de crianças menores de dois anos. Ciência & Saúde Coletiva, 24(7), 2387–2397. https://doi.org/10.1590/1413-81232018247.24162017

Gomes da Costa Ramos, K. L., Alves Medeiros, T., & Rodrigues da Silva Neumann, K. (2020). Impacto do método blw (baby led weaning) na alimentação dos bebês – Uma revisão integrativa. Revista Multidisciplinar Do Nordeste Mineiro, 1(1). https://doi.org/10.17648/2178-6925-v1-2020-14

Flores, T. R., Neves, R. G., Wendt, A., Costa, C. dos S., Bertoldi, A. D., & Nunes, B. P. (2021). Padrões de consumo alimentar em crianças menores de dois anos no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Ciência & Saúde Coletiva, 26(2), 625–636. https://doi.org/10.1590/1413-81232021262.13152020

Marduel Boulanger, A., & Vernet, M. (2018). Introduction of new food textures during complementary feeding: Observations in France. Archives de Pédiatrie, 25(1), 6–12. https://doi.org/10.1016/j.arcped.2017.10.025

Melo, B., Pereira Cruz, K., Cláudia, A., Santos, Brito, F., & Fernanda, M. (n.d.). Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. https://doi.org/10.1590/2177-9465-EAN-2017-0102

Mendes Alves, R. M., Stefanny de Sá Araujo, D., Lopes Delmondes, R., de Sá Ferreira, L. C., Gomes Francisco, R. R., Luna, F., Gomes Silva, E., Pereira Souza, C., Kécia de Sá Souza, L., Ribeiro de Castro, A. P., & Figueiredo Medeiros, K. M. (2019). Consulta de puericultura: o olhar sobre a prática do enfermeiro. Revista Interfaces: Saúde, Humanas E Tecnologia, 7(1), 187–190. https://doi.org/10.16891/2317-434x.v7.e1.a2019.pp187-190

Moreira, L. C. de Q., Oliveira, E. B. e, Lopes, L. H. K., Bauleo, M. E., & Sarno, F. (2019). Introduction of complementary foods in infants. Einstein (São Paulo), 17(3). https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019ao4412

Moraes, I., Sena, N., Oliveira, H., Albuquerque, F., Rolim, K., Fernandes, H., & Silva, N. (2020). Perceção sobre a importância do aleitamento materno pelas mães e dificuldades enfrentadas no processo de amamentação. Revista de Enfermagem Referência, V Série (No 2). https://doi.org/10.12707/riv19065

Oliveira, M. I. C., Rigotti, R. R., & Boccolini, C. S. (2017). Fatores associados à falta de diversidade alimentar no segundo semestre de vida. Cadernos Saúde Coletiva, 25(1), 65–72. https://doi.org/10.1590/1414-462x201700010204

Pedraza, D. F., Santos, I. S., Pedraza, D. F., & Santos, I. S. (2017). Avaliação da vigilância do crescimento nas consultas de puericultura na Estratégia Saúde da Família em dois municípios do estado da Paraíba, Brasil*. Epidemiologia E Serviços de Saúde, 26(4), 847–855. https://doi.org/10.5123/s1679-49742017000400015

Portal da Secretaria de Atenção Primária a Saúde. ([s.d.]): https://aps.saude.gov.br/biblioteca/visualizar/MTQ1NQ==

Ramos, D. C., & Coelho, T. C. B. (2017). Representação social de mães sobre alimentação e uso de estimulantes do apetite em crianças: satisfação, normalidade e poder. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 27(2), 233–254. https://doi.org/10.1590/s0103-73312017000200004

Silva, L. A. C., Costa, A. B. de J., & Lopes, C. A. de A. (2022). Educação Alimentar e Nutricional: uso de recursos audiovisuais na alimentação complementar de crianças na Atenção Primária à Saúde. Research, Society and Development, 11(7), e7111729580. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29580

Silva, M. P., & Mello, A. P. de Q. (2021). Impacto da introdução alimentar precoce no estado nutricional de crianças pré-escolares. Revista Saúde & Ciência, 10(1), 110–129. https://doi.org/10.35572/rsc.v10i1.422

SBP - Manual de Alimentação - 2018 — (n.d.). Www.ufrgs.br. http://www.ufrgs.br/pediatria/Repositorio/ppsca/bibliografia/nutricao/sbp-manual-de-alimentacao-2018/view

Sombra, P. V., Sampaio, R. M. M., Silva, F. R., & Pinto, F. J. M. (2017). Alimentação complementar e ingestão de alimentos industrializados em crianças menores de três anos. Saúde E Desenvolvimento Humano, 5(3), 45. https://doi.org/10.18316/sdh.v5i3.3957

Souza, M. A. R., Wall, M. L., Thuler, A. C. M. C., Lowen, I. M. V., & Peres, A. M. O uso do software IRAMUTEQ na análise de dados em pesquisas qualitativas. Revista da Escola de Enfermagem da USP [Internet]. 2018 Oct 4;52(0). https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342018000100444&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Vieira, I. M. F., & Conceição, S. I. O. da. (2020). Conhecimento materno e de responsáveis por crianças sobre amamentação e alimentação complementar. Revista Brasileira de Pesquisa Em Saúde, 22(1), 79–88. https://doi.org/10.21722/rbps.v22i1.27483

Downloads

Publicado

05/09/2022

Como Citar

LEANDRO, C. A.; SANTOS, M. S. N. dos .; SANTOS, A. da S.; RODRIGUES, L. do N. .; SILVA, V. M. G. N. .; FREITAS, S. H. N. de .; ALBUQUERQUE, F. H. S. .; CHAVES, E. M. C. . Conhecimento e práticas maternas sobre alimentação complementar em crianças de zero a dois anos de idade. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e14111233986, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.33986. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/33986. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde