Mensurando a instabilidade política na América Latina desde a independência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i13.44228Palavras-chave:
Instabilidade política; América Latina; Conjunto de dados; Instituições políticas; Independência.Resumo
Este artigo apresenta definições e dados inovadores sobre quatro maneiras diferentes de operacionalizar a instabilidade política: golpes de estado, resistência constitucional, rotatividade de executivos-chefes e mandatos executivos concluídos. Cobrimos dezenove países latino-americanos desde a independência até 2005, compilando assim um conjunto de dados de observações país-ano. Além disso, codificamos os anos em que - independentemente do tipo de regime - algum grau de oposição política foi permitido. Os dados revelam níveis elevados de heterogeneidade intra e interpaíses, mas conseguimos oferecer uma periodização de padrões gerais de instabilidade regional ao longo dos últimos dois séculos. Primeiro, após a independência, os latino-americanos enfrentaram um longo período de construção institucional altamente instável. Segundo, as últimas décadas do século XIX testemunharam melhorias notáveis em termos de estabilidade política. Terceiro, golpes militares desafiaram a incipiente história de estabilidade por volta de 1930. Quarto, após 1980, a tendência é de estabilidade. Finalmente, o pluralismo político existia em dois terços das observações no conjunto de dados. A análise da evolução da oposição e dos mandatos concluídos em diferentes países indica, no entanto, uma heterogeneidade intra-regional.
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