O coordenador pedagógico enquanto articulador de uma educação inclusiva: dos documentos legais às práticas educativas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.8065Palavras-chave:
Educação inclusiva; Políticas inclusivas; Pessoa com deficiência; Coordenadores pedagógicos; Processo de ensino-aprendizagem.Resumo
A mudança na ótica de integração para uma educação inclusiva dá-se a partir do reconhecimento da educação enquanto um direito de todos estabelecido pela Constituição Federal de 1988. Porém, apesar de garantida na lei, a inclusão de alunos com deficiência ainda é um desafio. Este artigo buscou discutir alguns caminhos para que esta inclusão seja efetivada. Para isso destacamos a importância do conhecimento de dois marcos regulatórios relativos à política inclusiva pelos agentes escolares: a Convenção da Guatemala (1999) e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI/2015). No primeiro momento é feito um breve histórico da política de inclusão escolar e a importância da Convenção da Guatemala e da Lei Brasileira de Inclusão na legislação educacional inclusiva no Brasil; discutimos o papel do coordenador pedagógico como agente mobilizador e articulador de práticas pedagógicas inclusivas na escola e propomos ações para a implementação da inclusão no ambiente escolar. O estudo foi elaborado a partir de produções teóricas importantes e recentes de pesquisadores que estudam essa temática. A pesquisa é bibliográfica e documental com abordagem qualitativa. Para embasar a pesquisa utilizamos como aporte livros, artigos acadêmicos, legislação e dissertações acerca da inclusão escolar da pessoa com deficiência. A partir do estudo realizado, podemos concluir que a inclusão requer desde o conhecimento dos dispositivos legais à implementação de práticas educativas inclusivas para que se elimine a distância existente entre as leis e as ações no processo de ensino.
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