A presença da disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular nas faculdades de odontologia do nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9049Palavras-chave:
Instituições Acadêmicas; Educação em Odontologia; Ensino; Dor orofacial.Resumo
Os problemas relacionados à dor orofacial e disfunção temporomandibular afetam o funcionamento psicossocial e a qualidade de vida dos indivíduos. Objetivo: Identificar a presença da disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular na matriz curricular das Instituições de Ensino Superior da região Nordeste do Brasil. Metodologia: A pesquisa tratou-se de um estudo transversal que se deu em duas etapas: inicialmente, realizou-se a busca pelas instituições credenciadas pelo Ministério da Educação, sendo excluídas aquelas que apresentavam o curso como não iniciado, interrompido ou extinto; em seguida, buscou-se a matriz curricular de cada instituição, registrando a presença da disciplina, carga horária da disciplina, ensino teórico ou teórico-prático, carga horária total da graduação e categoria administrativa (pública ou privada). Foram excluídas as instituições que não apresentaram a matriz curricular disponível em seus endereços eletrônicos. Resultados: Das 101 instituições selecionadas, 49 apresentaram a disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular em sua grade, sendo 83% de categoria administrativa privada. A carga horária total do curso de Odontologia correspondeu, em média, a 4.232 horas, entretanto, a carga horária da disciplina apresenta um pouco mais de 1% do total ofertado. Menos da metade dos cursos, 43%, aborda a disciplina de modo teórico-prático, sendo o restante apenas teórico. Conclusão: Ainda é baixa a presença da disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular nos cursos de Odontologia do Nordeste brasileiro. Em razão da sua relevância, devem ser planejadas medidas para que sua inclusão seja priorizada.
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