Projetos em disputa: políticas públicas contraditórias no âmbito da Educação Profissional no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v8i5.927Palavras-chave:
educação profissional; políticas públicas; projetos de educaçãoResumo
Este artigo tem como objetivo fazer um breve resgate histórico de algumas políticas públicas de educação profissional no Brasil, revelando suas contradições. Parte-se das políticas educacionais dos anos de 1990 que estabeleceram a separação obrigatória entre o ensino médio e educação profissional, intensificado o caráter instrumental no campo da educação profissional. Nesta perspectiva educacional, percebe-se um processo de inclusão excludente, visto a sua desqualificação, que inclui no mercado de trabalho mas exclui as possibilidades que o sujeito tem de adquirir uma educação onilateral e politécnica. Na realização desta pesquisa, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, reunindo, analisando numa perspectiva exploratória, buscando levantar informações acerca da temática dos projetos que figuraram na história do Brasil acerca da Educação Profissional.. Desta forma, acontece uma precarização do trabalho que se legitima a partir dessa continuidade de propostas precárias de Educação Profissional. Essa precarização que assola esta modalidade, propicia uma formação fragmentária, simplista e tecnicista, proporcionando uma educação unilateral em detrimento de uma formação onilateral. Enquanto a formação omnilateral possibilita uma formação que abarca todas as dimensões do indivíduo de forma ampla, em todas as suas capacidades físicas e intelectuais, a formação unilateral fragmenta o indivíduo de forma que ele apenas seja um sujeito especializado em trabalhos manuais e favorecer o lucro destinado ao modo de produção capitalista.
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